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Aliados de Ouattara desqualificam balanço de mortos feito pela ONU na Costa do Marfim

Por Da Redação
3 abr 2011, 19h16

Enquanto uma onda de protestos expõe a grave crise institucional na Costa do Marfim, começa a ser travada também uma batalha de números. As Forças Republicanas, de Alassane Ouattara, negam que cerca de mil pessoas morreram na cidade de Duekoue e afirmam que o registro é de 152 óbitos. Ouattara, eleito presidente em novembro, tem o reconhecimento da comunidade internacional, mas ainda disputa nas ruas o poder com Laurent Gbagbo, ex-presidente da Costa do Marfim, que resiste a deixar o cargo.

“Após quatro dias de buscas com o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) e a ONU, contamos 152 corpos no total”, afirmou em Duekoue Sidiki Konate, porta-voz de Guillaume Soro, primeiro-ministro de Ouattara. “É difícil estabelecer os que morreram durante os confrontos e os que morreram depois dos enfrentamentos. É muito cedo para estabelecer a responsabilidade das Forças Republicanas. Aconteceram combates, aconteceram mortes”, acrescentou Konate.

Na terça-feira, um massacre promovido pelas forças pró-Ouattara com o objetivo de retirar os apoiadores de Gbagbo da cidade de Duekoue deixaram entre 330 e mil pessoas mortas ou feridas, segundo informações da Organização das Nações Unidas. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que o número de mortes passa de 800. A ONG católica Cáritas citou mil mortos ou desaparecidos entre 27 e 29 de março.

Neste domingo, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu que Laurent Gbagbo, ex-presidente da Costa do Marfim, deixe o poder imediatamente. “Gbagbo está levando a Costa do Marfim à anarquia. O caminho à frente é claro. Ele deve se afastar agora para que termine o conflito”, disse a secretária através de comunicado.

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Aeroporto – Os desdobramentos dos conflitos chegaram até a maior cidade do país, Abdijan, onde, neste domingo, as forças francesas assumiram o controle do aeroporto local. A França enviou um reforço de 300 homens para Abdijan. Pelo menos 1,2 mil estrangeiros estão sob proteção das forças francesas em um acampamento militar próximo ao aeroporto.

Toussaint Alain, conselheiro do presidente Laurent Gbagbo, criticou, em Paris, a atuação das tropas francesas na Costa do Marfim. “Consideramos que esta força atua na Costa do Marfim como um exército de ocupação fora de qualquer mandato, já que o mandato da ONU não dá autoridade para que as tropas francesas ocupem o aeroporto de um Estado soberano”, declarou Toussaint Alain.

Com AFP

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