Alemanha planeja restrições para cidadãos não vacinados contra Covid-19
Medida consiste em sistema de passe sanitário similar ao já adotado em países como França e Itália para conter novas infecções
O ministro da Saúde da Alemanha planeja introduzir amplas restrições a partir do próximo mês para quem não estiver vacinado contra o coronavírus, relatou nesta quarta-feira, 4, a mídia local.
Jens Spahn alertou ao Parlamento e as líderes dos 16 estados que restrições mais duras são necessárias para evitar uma nova onda de infecções nos próximos meses. A proposta das chamas “regras 3G”permitiriam que apenas pessoas vacinadas, testadas ou que se recuperaram de uma infecção acessem muitas áreas, incluindo restaurantes, hotéis, academias e salões de beleza.
O nome “3G” é uma referência às palavras em alemão geimpft (vacinado), getestet (testado) e genesen (recuperado).
“Independente da taxa de incidência, a partir do começou o meados de setembro, participação em eventos particulares na Alemanha só será possível se as regras 3G estiverem mantidas”, disse o ministro, segundo o jornal The Guardian.
A ideia é um sistema similar ao já adotado em países como França e Itália para conter novas infecções. Na França, quem quiser visitar espaços culturais ou de lazer para mais de 50 pessoas precisa apresentar um passe sanitário que consiste em uma prova de vacinação ou um teste negativo para o coronavírus.
No caso do número de casos voltar a aumentar a níveis perigosos e que podem sobrecarregar o sistema de saúde, o governo então retornaria ao “2G”, permitindo acesso irrestrito apenas de pessoas vacinadas ou recuperadas, segundo os planos do ministro.
Até esta quarta-feira, em torno de 53% da população havia sido vacinada com as duas doses. Ao todo, o país soma 3,78 milhões de casos do coronavírus, incluindo 91.710 mortes.