Alasca publica mais de 24.000 e-mails de Sarah Palin
Conteúdo de correspondências será liberado pouco a pouco por jornais
Mais de 24.000 e-mails enviados por Sarah Palin, possível candidata republicana à presidência dos Estados Unidos, entre dezembro de 2006 e novembro de 2008, quando ela era governadora do Alasca, foram tornados públicos nesta sexta-feira. A divulgação das conversas obedece às leis estaduais, que exigem a publicação de todos os documentos relacionados ao cargo de governador.
A divulgação dos e-mails foi solicitada pela imprensa quando Palin foi nomeada candidata republicana à vice-presidência em 2008. Alguns dos solicitantes foram o The New York Times, o Washington Post e o site de notícias Huffington Post. Era necessário, porém, separar os e-mails pessoais dos profissionais, prevenindo que a privacidade da ex-governadora fosse exposta. As autoridades de Juneau, capital do Alasca, queriam que a imprensa pagasse 15 milhões de dólares (23,8 milhões de reais) para cobrir os custos desse processo. Após meses de negociação, foi decidido que os veículos colaborariam com 725 dólares (1150 reais) por pacotes com todas as mensagens de um determinado assunto.
O conteúdo dos e-mails, disponíveis em papel e arquivo digital, será liberado pouco a pouco pelos veículos. Palin mostrou-se tranquila com a divulgação, e afirmou que não há nas mensagens nada que possa comprometê-la. Tim Crawford, um dos mais importantes membros do Comitê de Ação Política de Sarah, disse: “Os e-mails mostram uma Palin muito engajada, chefiando o Estado. As mensagens detalham uma governadora trabalhando duro. Todos deveriam lê-los”.
Evento – A publicação dos e-mails se transformou em um acontecimento nos veículos de imprenda. Os jornais Washington Post e New York Times mandaram grandes equipes de jornalistas à capital do Alasca, e pediram ajuda a seus leitores na monumental tarefa de ler, analisar e contextualizar as mais de 24.199 conversas que a ex-governadora manteve entre 2006 e 2008.
“O trabalho foi feito em 100 locais por pequenas equipes de voluntários, que informavam as partes mais importante dos e-mails”, disse, nesta quinta-feira, o Washington Post. O jornal criou inclusive uma conta no Twitter, @PalinEmails, para anunciar as mensagens mais suculentas na correspondência de Palin. A emissora MSNBC e a agência ProPublica, por sua vez, optaram por colaborar com uma companhia de pesquisa para criar sua própria base de dados eletrônica com os documentos.
(Com agência EFE)