A Al Qaeda assumiu a responsabilidade por diversos atentados no Iraque que mataram dezenas de pessoas durante um feriado muçulmano e anunciou nesta segunda-feira que retirará da prisão seus militantes presos em várias partes do mundo. A organização terrorista também disse ao governo iraquiano para parar de prender militantes, “ou enfrentará mais violência”.
O líder da Al Qaeda na Península Arábica, Nasser Al Wahishi, enviou uma mensagem nesta segunda-feira “aos prisioneiros nas prisões dos opresores” através de sites islamitas. “Dou-lhes a boa notícia de sua saída em breve ao mundo, que é uma prisão maior do que a que vocês estão. Isso será em breve, se Alá quiser”, afirmou Al Wahishi, cujo grupo atua no Iêmen. Wahishi prometeu que “só faltam alguns dias” para a libertação dos militantes de seu grupo.
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Paralelamente, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil), formado no início deste ano através de uma fusão de filiais da Al Qaeda na Síria e no Iraque, disse em fóruns jihadistas na Internet que estava por trás dos ataques em Bagdá e em províncias do sul, no sábado. “O Estado islâmico lançou mão de alguns de seus esforços de segurança em Bagdá, na província meridional e em outros lugares para entregar uma mensagem rápida”, disse o Isil, de acordo com o grupo de monitoramento Site, que monitora sites jihadistas.
Bombas atingiram mercados, ruas comerciais e parques na noite de sábado, quando famílias iraquianas estavam celebrando o Eid al-Fitr, o fim do mês de jejum muçulmano do Ramadã. Cerca de 80 pessoas foram mortas e dezenas feridas, segundo a polícia e fontes médicas.
Na segunda-feira, uma bomba perto de uma escola matou duas pessoas e feriu onze, incluindo crianças, na cidade de Muqdadiya, 80 quilômetros a nordeste de Bagdá, disse a polícia. Não ficou imediatamente claro quem estava por trás do ataque.
Este foi um dos mais mortais feriados Ramadã em anos no Iraque, onde militantes sunitas travam uma insurgência contra o governo liderado pelos xiitas. Julho teve o maior número mensal de mortes por ataques desde 2008, com mais de 1 000 iraquianos mortos, de acordo com estatísticas das Nações Unidas.
(Com agências EFE e Reuters)