A Al Qaeda da Península Arábica (AQPA) informou nesta terça-feira que um dos seus principais líderes, Ibrahim al-Rubaish, foi morto em um ataque com drone, lançado pelos Estados Unidos. O terrorista esteve detido na prisão militar americana de Guantánamo e uma recompensa de 5 milhões de dólares (15 milhões de reais) era oferecida por sua cabeça.
Al-Rubaish morreu nesta segunda-feira, segundo o comunicado da Al-Malahem Media, grupo de mídia oficial da AQPA. O informe se referia ao ataque de um drone que matou seis pessoas no sudeste do Iêmen. Os Estados Unidos, que consideram a AQPA como o braço mais perigoso da rede extremista sunita, é o único país que emprega drones no Iêmen. Segundo a BBC, um oficial do Ministério da Defesa e dois oficiais da segurança nacional do Iêmen confirmaram a morte do terrorista, porém nenhuma declaração formal foi emitida.
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Os jihadistas da AQPA mantêm suas bases no sul do país, onde souberam aproveitar o caos provocado pela guerra entre milicianos xiitas houthis e os partidários do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, que precisou fugir à Arábia Saudita. Riad lidera uma coalizão árabe que lançou no dia 26 de março uma campanha de bombardeios para deter o avanço dos houthis, que conquistaram extensas zonas do Iêmen, incluindo a capital Sana. Os Estados Unidos têm sido bastante ativos no Iêmen, trabalhando junto ao governo local para encontrar os líderes terroristas da região.
Al-Rubeish lutou no Afeganistão na batalha de Tora Bora, quando foi capturado e enviado para Guantánamo. Foi libertado em 2006, como parte do programa da Arábia Saudita para reabilitação de terroristas, e se juntou a AQAP desde então.
(Da redação)