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Ainda sem acordo, paralisação do governo americano persiste

Milhares de funcionários federais não poderão comparecer ao trabalho e alguns não serão pagos até que o empasse se resolva

Por Da redação
22 jan 2018, 09h23

O Senado americano fracassou na noite deste domingo na tentativa de encerrar a paralisação da máquina pública federal nos Estados Unidos, iniciada na madrugada da véspera. Com isso, o chamado shutdown do governo entra em seu primeiro dia útil nesta segunda-feira.

Diversas agências e escritórios do governo considerados não essenciais permanecerão fechados hoje. Centenas de milhares de funcionários federais não poderão comparecer ao trabalho e alguns não serão pagos até que o empasse se resolva.

Casa Branca, Congresso, Departamento de Estado e Pentágono permanecerão operacionais, mas com equipes reduzidas. Os militares deverão se apresentar para trabalhar – inclusive os que estão em áreas de combate –, mas possivelmente não receberão por esses dias.

Negociações

Um grupo de senadores de centro dos partidos Republicano e Democrata participaram de novas negociações durante o domingo, para alcançar um acordo sobre o orçamento provisório do governo americano e colocar um fim à paralisação. Não houve, no entanto, consenso entre eles, especialmente sobre o tema da imigração – um ponto de discórdia que ajudou a criar o impasse que levou ao shutdown.

O Senado deve votar uma medida que proveria fundos para o governo se manter até o dia 8 de fevereiro ainda nesta segunda-feira. Porém, ainda não está claro se haverá apoio suficiente para sua aprovação.

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O empasse

Uma proposta de orçamento para financiar as atividades governamentais até 16 de fevereiro foi aprovada pela Câmara na última quinta-feira, mas encontrou resistência dos democratas no Senado. A oposição não quer aprovar o projeto porque ele não contempla uma solução para a questão dos cerca de 800.000 jovens imigrantes sem documentos que chegaram ao país quando crianças, conhecidos como dreamers (sonhadores).

Em setembro, Donald Trump anunciou o fim do Daca, que protegia os dreamers da deportação. O presidente, contudo, determinou que o Congresso deveria chegar a um plano alternativo para os jovens que vivem no país sem visto. Os democratas, agora, cobram uma solução para a questão.

O líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, havia prometido na quinta que se não houvesse acordo até o horário limite, deveria ser feita uma medida de financiamento de curto prazo, que “daria ao presidente alguns dias para se sentar à mesa”.

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Contudo, Mitch McConnell, líder republicano da maioria no Senado, defendeu o projeto de lei da Câmara, afirmando que a medida já prevê quatro semanas de financiamento, suficientes para permitir que as negociações continuem, sem “deixar o governo no caos sem qualquer motivo”. Schumer quer “reter todo o país como refém”, acusou McConnell.

Sem acordo entre as duas partes, o Senado barrou a proposta de orçamento provisório e o governo federal entrou em shutdown por falta de verba. A paralisação parcial dos serviços começou oficialmente à 0h01 de sábado (3h01 no horário de Brasília).

A última vez que o governo federal sofreu uma paralisação foi em 2013, quando os republicanos impediram por duas semanas a aprovação do orçamento para tentar revogar a lei de saúde aprovada pelo então presidente Barack Obama. Na ocasião, 800.000 funcionários do governo ficaram sem trabalhar.

(Com Estadão Conteúdo)

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