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FDA revoga autorização para uso de cloroquina nos EUA

Órgão equivalente à Anvisa, agência informou que não há evidências de que o medicamento usado contra malária funcione no tratamento de Covid-19

Por Da Redação Atualizado em 15 jun 2020, 14h11 - Publicado em 15 jun 2020, 13h43
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  • O Food and Drug Administration (FDA), agência que regulamenta o uso de medicamentos nos Estados Unidos, revogou nesta segunda-feira, 15, a autorização emergencial que previa uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento de coronavírus. A medida contraria os desejos do presidente americano Donald Trump, que há meses encoraja a adoção da droga, originalmente usada no tratamento de malária.

    Segundo a agência Reuters, o FDA, órgão equivalente à Anvisa no Brasil, se baseou em estudos que mostram que não há evidências de que o uso via oral destes medicamentos sejam eficientes para tratar as complicações respiratórias da Covid-19. “À luz dos eventos adversos cardíacos e outros efeitos colaterais graves, os benefícios conhecidos e potenciais da cloroquina e hidroxicloroquina não superam os riscos conhecidos e potenciais para o uso autorizado”, informou o FDA.

    A autorização do uso dos medicamentos havia sido dada em 28 de março, apenas para pacientes diagnosticados com casos graves da Covid-19 e internados em hospitais. O medicamento deveria ser administrado por um profissional de saúde com uma receita médica.

    Em março, Trump disse que a hidroxicloroquina usada em combinação com o antibiótico azitromicina tinha “uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina”, ainda que com poucas evidências para apoiar sua alegação. Mais tarde, Trump disse que ele próprio tomou os remédios preventivamente depois que duas pessoas que trabalhavam na Casa Branca foram diagnosticadas com Covid-19.

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    O presidente brasileiro Jair Bolsonaro é outro grande entusiasta da cloroquina. Sua insistência em flexibilizar o uso do medicamento culminou no pedido de demissão do então ministro da Saúde Nelson Teich após menos de 30 dias no cargo. A queda de braço também influenciou na demissão de seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta. Teich atribuiu sua saída à recusa de assinar o novo protocolo.

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    (com Reuters)

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