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Advogado pró-assentamentos será embaixador dos EUA em Israel

David Friedman citou uma possível mudança da embaixada americana de Tel-Aviv para Jerusalém

Por Da redação
16 dez 2016, 11h25

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que nomeará como embaixador do país em Israel o advogado David Friedman, que apoia os assentamentos israelenses e também outras mudanças nas políticas americanas para a região. Friedman disse que espera cumprir suas responsabilidades na “embaixada dos Estados Unidos na capital eterna de Israel, Jerusalém”, embora a representação diplomática oficial dos EUA fique em Tel-Aviv.

Embora o comunicado de Trump não mencione uma mudança da embaixada para Jerusalém, assessores do futuro presidente têm insistido nos últimos dias que ele tornará efetiva a decisão. “Ele fez esse compromisso”, disse na quinta-feira Kellyanne Conway, assessora do presidente eleito.

A mudança desataria uma controvérsia política que enfureceria os palestinos, que desejam Jerusalém Oriental como parte de seu território soberano, e também distanciaria os EUA de grande parte da comunidade internacional, inclusive de aliados mais próximos na Europa Ocidental e no mundo árabe.

Uma opção que os aliados de Trump avaliam e que implica Friedman é que, caso ele seja avalizado pelo Senado, poderia trabalhar no consulado americano em Jerusalém. Segundo uma fonte que conversou sobre o assunto com assessores de Trump, o governo americano consideraria basicamente o consulado como a embaixada, porque Friedman atuaria ali.

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O democrata Bill Clinton e o republicano George W. Bush prometeram mudar a embaixada dos EUA para Jerusalém, mas recuaram da ideia depois de assumir a presidência. Israel capturou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas a anexação não é reconhecida internacionalmente. Os israelenses alegam que toda Jerusalém é sua capital, porém os palestinos desejam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. A área abriga lugares sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos.

Praticamente todas as embaixadas em Israel ficam em Tel-Aviv ou no entorno dessa cidade. O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, disse que já conversou com Trump sobre o tema e que o presidente eleito fala sério sobre fazer a mudança de endereço da representação diplomática.

A nomeação provocou críticas entre grupos judaicos progressistas. Presidente do grupo J Street, Jeremy Ben-Ami disse que a escolha foi “imprudente” e mencionou que o futuro diplomata apoia os assentamentos judaicos e já questionou a solução de dois Estados em relação ao impasse com os palestinos.

(Com Estadão Conteúdo)

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