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Acordo para o Brexit é ‘praticamente impossível’, aponta governo britânico

Após ligação telefônica com Angela Merkel, Boris Johnson antecipa fracasso da negociação com a UE

Por Da Redação
8 out 2019, 12h08
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  • Um acordo para o Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia (UE) é “praticamente impossível”, afirmaram fontes do governo britânico à imprensa local nesta terça-feira, 8, após uma ligação telefônica entre o primeiro-ministro Boris Johnson e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

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    Johnson e Merkel se falaram na manhã desta terça sobre as propostas enviadas por Johnson à UE na semana passada. Segundo a BBC, a líder alemã deixou claro que um acordo de saída com base nesses planos era muito “improvável”.

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    Uma fonte do governo britânico citada pela revista The Spectator afirmou ainda que Johnson já considera que as negociações com o bloco europeu vão fracassar e que ele terá que “fazer todo tipo de coisa” para impedir outro adiamento do Brexit.

    “Se o acordo morrer nos próximos dias, não o reviveremos”, disse esta fonte próxima a Johnson, que reiterou que ele retirará o Reino Unido da UE em 31 de outubro, sem pedir um terceiro adiamento.

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    Há semanas crescem as especulações sobre a intenção do primeiro-ministro de encontrar uma brecha na lei aprovada pelo Parlamento britânico em setembro para forçá-lo a solicitar um novo adiamento, na ausência de um acordo até 19 de outubro.

    Após o vazamento das informações, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, criticou a gestão do Brexit feita pelo Reino Unido.

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    “Não se trata de ganhar um estúpido jogo de culpa. Está em jogo o futuro da Europa e do Reino Unido, assim como a segurança e os interesses do nosso povo. Se você não quer um acordo, não quer uma extensão (das negociações), não quer revogá-lo, quo vadis (“para onde vai”, em latim)?”, disse Tusk no Twitter.

    Membros do governo europeu e britânico, contudo, levantaram a hipótese de que o Reino Unido tenha vazado as informações na manhã desta terça de forma intencional para deixar claro aos outros 27 países europeus a determinação de Johnson em relação ao prazo de 31 de outubro.

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    Segundo a ex-ministra do Trabalho Amber Rudd, que renunciou ao governo de Johnson em setembro, a fonte parece ser Dominic Cummings, consultor especial do primeiro-ministro e arquiteto da vitória do Brexit no referendo de 2016.

    “Peço ao primeiro-ministro que assuma o controle e nos dê alguma clareza, dignidade e diplomacia sobre o que está acontecendo”, disse Rudd à rádio BBC.

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    Boris Johnson já disse que preferiria “morrer em uma vala” antes de pedir uma prorrogação até o final de janeiro, embora uma lei impulsionada pela oposição obrigue o governo a solicitar uma extensão das negociações caso haja um acordo pronto até 19 de outubro.

    Já a  Comissão Europeia garantiu que as negociações em nível técnico com o Reino Unido não se romperam.

    “As conversas continuam, portanto não sei como poderiam ter sido rompidas se estão acontecendo hoje mesmo e seguirão nos próximos dias”, disse a porta-voz do governo comunitário, Mina Andreeva, ao acrescentar que o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, informará amanhã ao resto dos comissários sobre estado das conversas.

    A porta-voz afirmou que a UE segue trabalhando sob a premissa de que o Reino Unido sairá no dia 31 de outubro, dado que assim foi reiterado “pelo primeiro-ministro britânico”.

    (Com EFE e AFP)

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