Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Acidente de trem tóxico nos EUA matou quase 45 mil animais

Um descarrilhamento no estado de Ohio, em 3 de fevereiro, de 38 vagões com materiais 'perigosos', está sendo investigado por inquérito federal

Por Da Redação
Atualizado em 24 fev 2023, 09h53 - Publicado em 24 fev 2023, 09h50

O Departamento de Recursos Naturais de Ohio, nos Estados Unidos, anunciou na noite de quinta-feira 23 que quase 45 mil animais morreram em decorrência de um acidente de trem tóxico no início do mês, na cidade de East Palestine, em Ohio.

A estimativa inicial de era de apenas 3.500 animais mortos após o descarrilamento de 3 de fevereiro, mas 43.700 animais foram encontrados sem vida até agora.

Mary Mertz, que dirige o Departamento de Recursos Naturais de Ohio, acrescentou em entrevista coletiva na quinta-feira que todos eram espécies aquáticas, e que não havia evidências de que animais terrestres tenham sido afetados pelos produtos químicos do trem. Os dados compreendem um raio de 8 km do local do acidente.

Esforços de limpeza continuam em East Palestine, em meio a um inquérito federal sobre irregularidades no trem.

Um total de 38 carros descarrilharam no acidente, 11 dos quais transportavam materiais perigosos. Mais tarde, os residentes relataram sentir-se mal.

“Como os produtos químicos estavam contidos, não vimos nenhum sinal adicional de sofrimento da vida aquática”, disse Mertz, acrescentando que todas as mortes ocorreram imediatamente após o acidente, três semanas atrás.

+ Júri afirma que Trump mentiu sobre fraude eleitoral na Georgia

Também na quinta-feira, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes disse que a tripulação do trem tentou desacelerá-lo momentos antes do acidente, depois de descobrir que um rolamento de roda havia aquecido.

Pouco antes do descarrilamento, o rolamento atingiu um nível “limite” de 122ºC acima da temperatura normal, segundo o relatório preliminar. Ao mesmo tempo que o maquinista acionava os freios, um sistema de frenagem automática também era acionado, permitindo que o trem parasse.

“Depois que o trem parou, a tripulação observou fogo e fumaça”, disse o relatório.

O relatório não encontrou nenhuma evidência de que o trem estava viajando acima do limite de velocidade de 80 km/h e forneceu poucos detalhes sobre o que, exatamente, causou o descarrilhamento. No entanto, em uma coletiva de imprensa em Washington, D.C., a presidente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, Jennifer Homendy, disse que o acidente era “100% evitável”.

“Chamamos as coisas de acidentes”, disse ela. “Não há acidente. Cada evento que investigamos é evitável.”

Um relatório final provavelmente levará entre 12 e 18 meses, acrescentou Homendy.

Continua após a publicidade

Os incêndios no local do descarrilamento foram contidos em 5 de fevereiro, mas as autoridades continuaram preocupadas com a possibilidade de explosão de cinco carros carregando quase 500 mil litros de cloreto de vinila, um gás inodoro usado para fazer PVC.

+ Pentágono publica selfie de piloto americano com balão espião chinês

Assim, as autoridades realizaram uma queima controlada da substância, criando uma enorme nuvem de fumaça negra sobre a cidade de East Palestine.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes disse que sua investigação está em andamento, e que vai se concentrar nas rodas e no design do vagão-tanque, bem como na queima do cloreto de vinila e na resposta ao acidente. A empresa que operava o trem, Norfolk Southern, defendeu sua resposta.

Falando à emissora americana CNN na quarta-feira 22, o CEO Alan Shaw disse que a empresa já pagou US$ 6,5 milhões à população que vive perto do local do descarrilhamento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.