Abbas convida Conselho de Segurança a visitar palestinos
ANP espera que a ONU constate as 'consequências da ocupação israelense'
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, convidou nesta terça-feira os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU para uma visita aos territórios palestinos ocupados, inclusive Jerusalém Oriental, para que constatem “as consequências da ocupação israelense”. Foi o que anunciou nesta terça-feira à imprensa o representante palestino na ONU, Riyad Mansour, que apresentou ao órgão uma carta com o convite.
“É o tempo adequado para que os membros do Conselho de Segurança visitem a Palestina e vejam com seus próprios olhos qual é a realidade dos palestinos nesses territórios, assim como a campanha maciça de assentamentos realizada por Israel”, indicou Mansour ao sair de uma reunião do Conselho sobre o Oriente Médio.
O diplomata palestino enfatizou a necessidade de os 15 membros do Conselho presenciem como evolui “a construção ilegal do muro” e “a extremamente insustentável situação de nossa gente em Jerusalém Oriental”. “Assim poderão voltar ao Conselho de Segurança e decidir que ações devem ser tomadas para que Israel volte a cumprir com suas obrigações sob o plano de paz e o direito internacional”, declarou Mansour.
Mansour explicou que manteve reuniões nos últimos dias com os membros do Conselho de Segurança, aos quais transmitiu sua preocupação com “a explosiva situação” que atinge os territórios palestinos, como resultado das “provocações de Israel” ao intensificar sua campanha de assentamentos.
Viagens – O convite dos palestinos ao Conselho de Segurança ocorre no dia em que os 15 membros do órgão avaliam quais visitas poderão realizar neste ano. As viagens do Conselho de Segurança devem contar com o aval dos países que são visitados. Por isso, fontes diplomáticas consideram que, além das previsíveis reservas dos Estados Unidos a visitar os territórios ocupados, Israel se oporá a isso.
“Antes de convidar o Conselho de Segurança a visitar a região, o que Abbas teria de fazer é visitar Gaza, algo que não faz desde 2007”, disse o embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, que acusou à imprensa os palestinos de desviarem a atenção do drama que vivem “seus irmãos sírios” com esse convite.
(Com agência EFE)