Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A nova arma da Rússia que provoca perdas pesadas na Ucrânia

Usando antigo dispositivo da era soviética, Moscou fabrica 'bombas planadoras', que são capazes de causar crateras de 15 metros de largura

Por Da Redação
Atualizado em 17 Maio 2024, 16h43 - Publicado em 15 Maio 2024, 15h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Após meses de estagnação, a Rússia agora avança no campo de batalha e ameaça arrematar Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia. A renovada postura ofensiva de Moscou, que já arrematou três vilarejos próximos nesta quarta-feira, 15, é acompanhada do emprego de uma nova e ameaçadora arma contra as tropas ucranianas: a bomba FAB-1500.

    Publicidade

    Geralmente lançada por aviões de caça, a FAB-1500 é uma espécie de herança da União Soviética, quando era a arma básica do regime. Mas, naquela época, era apena uma “bombas burra” — munição não guiada e, portanto, imprecisa. Hoje, o equipamento antigo foi convertido a baixo custo em moderna “bomba planadora”, que possui maior precisão e alcance e é capaz de abrir crateras de até 15 metros de largura.

    Publicidade

    O dispositivo é composto por explosivos potentes e pesa 1,5 tonelada. Devido à distância em que é lançado no ar, não é reconhecido por uma gama de sistemas de defesa aérea da Ucrânia, garantindo um efeito-surpresa. Para acertar o alvo, sistemas de orientação guiam seu voo enquanto plana por meio de asas pop-out.

    + Rússia diz que exército ocupou três novos territórios na Ucrânia

    Publicidade

    ‘Inferno’ para soldados

    Embora tenham entrado em maior circulação nas últimas semanas, as FAB-1500 têm sido dor de cabeça para os ucranianos desde fevereiro deste ano, quando supostamente foram implementadas na cidade de Avdiivka, na região de Donetsk, desde então conquistada pela Rússia. Em depoimento à emissora americana CNN, o porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuri Ihnat, afirmou que, na véspera e durante a batalha de Avdiivka, foram lançados 250 explosivos do tipo em 48 horas.

    Desde então, as FAB-1500 passaram a semear terror em outras regiões, entre elas Kherson, no sul ucraniano, e em Kharkiv, no norte, de acordo com fontes russas e ucranianas citadas pela CNN. A proliferação desse modelo de explosivo gerou pesadas perdas para os militares nas linhas de frente.

    Publicidade

    “Anteriormente, éramos bombardeados apenas com artilharia. Agora os orcs (russos) assumiram a cidade de forma mais agressiva, começaram a usar recursos da força aérea, particularmente a FAB-1500”, disse um soldado da 46ª Brigada Aeromóvel Separada da Ucrânia à emissora, sob condição de anonimato. “Os danos causados ​​por ela são muito graves. Se você sobreviver, certamente terá uma sequela. Nem todos os nossos rapazes conseguem suportar isso”, acrescentou.

    Continua após a publicidade

    + Rússia coloca em operação novo míssil nuclear lançado de submarinos

    Publicidade

    Testes em 2023

    Blogueiros militares russos passaram a mencionar testes com a bomba de precisão em setembro do ano passado. Na ocasião, o canal do aplicativo de mensagens Telegram chamado Fighterbomber comunicou que, “depois de muitos meses de tentativas e erros”, uma FAB-1500 havia atingido “com precisão” o “alvo de combate” pela primeira vez. Ele tem quase meio milhão de seguidores.

    Em janeiro, o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, foi visto visitando as instalações da fabricante de armas JSC Tactical Missiles Corporation, em Moscou, para fazer vistoria das asas que dão capacidade de planar à bomba. Um vídeo divulgado pela pasta contava que a empresa conseguiu produzir “uma munição de alta precisão” utilizando bombas antigas. No mesmo mês, o diretor da fábrica informou que aumentou a produtividade em 40%, operando 24 horas por dia e sete dias por semana.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.