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A força de Kamala Harris

A primeira vice-presidente dos EUA pode ser a favorita à Presidência em 2024

Por Duda Monteiro de Barros 20 jan 2021, 10h00

Kamala Harris faz história ao ser empossada nesta quarta-feira, 20, como vice-presidente dos Estados Unidos. A sua vitória ao lado de Joe Biden abre caminho para a administração da Casa Branca mais diversa que o país já viu, ajudando a pôr um fim ao turbulento governo de Donald Trump.

No dia 11 de agosto de 2020, quando Biden a escolheu para ocupar o cargo de vice-presidente, o mundo ainda não imaginava a dimensão do que Kamala Harris representaria na corrida eleitoral. A presença de Harris na cédula democrata alavancou a conquista dos votos das minorias, sem afastar os partidários tradicionais.

Negra, filha de mãe indiana e pai jamaicano, Harris, que é a primeira mulher a ser vice-presidente dos Estados Unidos, já tinha sido pioneira ao se tornar a primeira procuradora-geral negra da Califórnia e a primeira mulher de origem do sul da Ásia eleita para o Senado.

Kamala Harris nasceu em 20 de outubro de 1964 em Oakland, Califórnia, então um epicentro do ativismo anti-guerra e dos direitos civis. Na construção de sua vida política, que começou nos anos 2000, destacam-se a defesa dos direitos dos negros e imigrantes.

Seu diploma na historicamente negra Universidade Howard, em Washington, foi o início de uma ascensão contínua que a levou de promotora a cumprir dois mandatos como procuradora distrital de São Francisco e, depois, como procuradora-geral da Califórnia em 2010.

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Enquanto atuou como senadora, a democrata fez forte oposição às medidas de Donald Trump, especialmente aquelas relacionadas às políticas imigratórias.  

Ela também bateu de frente contra as tentativas do Partido Republicano de alterar o sistema de saúde nacional e assim torná-lo ainda menos acessível, e defendeu maior taxação de impostos para corporações e os mais ricos, além da descriminalização da maconha. 

Parte dessas bandeiras também foram levantadas durante a corrida presidencial, junto com a defesa do meio-ambiente, aborto, o combate à violência das armas de fogo e um melhor enfrentamento da pandemia do coronavírus.

Candidata veterana, Harris exala carisma, mas pode rapidamente trocar o sorriso cativante pela persona de procuradora que interroga de forma implacável e faz contestações cortantes. No único debate com o vice-presidente Mike Pence, Harris levantou a mão enquanto ele tentava interrompê-la. “Senhor vice-presidente, eu estou falando. Eu estou falando”, disse ela. Camisetas com sua fala começaram a ser vendidas durante o debate. 

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Na última semana, Harris declarou que o governo Biden pretende conceder green cards imediatamente a imigrantes com Status de Proteção Temporária, bem como destinatários do Daca (Deferred Action for Childhood Arrivals) – que foram trazidos para os EUA na infância quando seus pais cruzaram a fronteira ilegalmente. A medida faz parte do plano inicial da nova administração para reformar o sistema imigratório do país.

A vice-presidente eleita também assegurou que todas as pessoas irão receber a vacina contra a Covid-19 nos EUA, independentemente do status imigratório.  

Entre as prioridades de sua administração está a reforma da Justiça criminal dos país – projeto visto como uma resposta a críticas de progressistas a seu trabalho como procuradora-geral da Califórnia.  

Com a promessa de Biden, de 78 anos, de cumprir um único mandato, Harris seria favorecida a ganhar a indicação presidencial do Partido Democrata em 2024. Isto poderia colocá-la diante de um novo marco histórico: o de se tornar a primeira mulher a presidir os Estados Unidos.

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