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‘A Coreia do Norte está implorando pela guerra’, dizem EUA

Embaixadora americana na ONU pediu ao Conselho de Segurança que imponha "as medidas mais duras possíveis" contra Pyongyang

Por Da redação
Atualizado em 6 set 2017, 14h58 - Publicado em 4 set 2017, 14h04
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  • Os Estados Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira que imponha “as medidas mais duras possíveis” contra a Coreia do Norte, em resposta a seu sexto e mais potente teste nuclear. “Apenas as sanções mais duras vão nos possibilitar resolver esse problema pela diplomacia”, alegou a embaixadora americana na organização, Nikki Haley, em uma reunião de emergência do órgão. Haley afirmou que o teste do último sábado é um sinal claro de que o tempo para medidas paliativas acabou e que Kim Jong-un está “implorando por uma guerra”.

    A embaixadora declarou também que os Estados Unidos não querem guerra, mas vão se defender das ameaças norte-coreanas aos territórios americanos.  “A guerra nunca é algo que os Estados Unidos desejam – não queremos isso agora”, disse Haley. “Mas a paciência do nosso país não é ilimitada. Vamos defender nossos aliados e nosso território”, completou.

    Para Haley, a abordagem de sanções graduais do Conselho não funcionou. “A Coreia do Norte vem desafiando resoluções da ONU há vinte anos”, disse. “Apesar de nossos esforços, o programa nuclear está mais avançado e mais perigoso do que nunca”, completou.

    A reunião do Conselho de Segurança foi convocada em resposta ao último teste nuclear de Kim Jong-un e, diferentemente dos últimos encontros sobre a Coreia do Norte, aconteceu em uma sessão aberta. Apenas neste ano, o Conselho se reuniu outras nove vezes para discutir as ameaças de Pyongyang.

    A embaixadora afirmou que os Estados Unidos olharão para todos os países que fazem negócios com a Coreia do Norte como apoiadores do regime de Kim Jong-un. Ontem, o presidente americano Donald Trump ameaçou no Twitter interromper todo o comércio com qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte.

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    Diálogo e “cabeça fria”

    Já a China voltou a defender o diálogo com Pyongyang e advertiu o Conselho de que não permitirá o caos nem uma guerra na península coreana. “A situação na península se deteriora constantemente enquanto falamos, entrando em um círculo vicioso”, disse o embaixador chinês, Liu Jieyi. “O tema da península deve se resolver pacificamente. A China nunca permitirá o caos, nem a guerra na península”, garantiu.

    O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse que soluções militares não podem resolver o problema da península coreana e advertiu que há uma “necessidade urgente de manter a cabeça fria e de se abster de qualquer ação que possa resultar numa escalada das tensões”.

    “Um acordo abrangente para a questão nuclear e outras que estão atormentando a península coreana pode ser atingido exclusivamente por canais político-diplomáticos, até mesmo aplicando os esforços de mediação do secretário-geral das Nações Unidas”, disse Nebenzia ao Conselho de Segurança da ONU.

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    Fim das restrições

    Trump e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, concordaram em retirar restrições ao desenvolvimento de mísseis mais potentes e com o envio de um de um sistema de defesa de mísseis para o país sul coreano, segundo comunicado do gabinete da presidência do país. Trump e Jae-in conversaram por telefone pela primeira vez após o último teste nuclear da Coreia do Norte. Eles também concordaram, segundo o comunicado, que a ação do regime de Pyongyang foi uma grave provocação “sem precedentes”.

    Ameaça a paz

    Moon conversou por telefone também como presidente russo, Vladimir Putin. Os dois líderes condenaram categoricamente a Coreia do Norte por seu mais recente teste nuclear, disse o Kremlin, em comunicado. Segundo o Kremlin, Putin disse a Moon que a única maneira de resolver a crise é por meio de diplomacia e conversações.

    A Rússia viu o mais recente teste de Pyongyang como uma ameaça séria à paz e segurança na região. “É muito fácil dizer a palavra ‘guerra’ para países fora da região, mas aqueles na região precisam ser mais inteligentes e mais equilibrados”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov a repórteres.

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    (com agências internacionais)

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