A revolta contra o regime sírio, que se militarizou devido à repressão das tropas do regime, ganhou um novo capítulo com os violentos combates em Damasco entre o Exército, apoiado por tanques blindados, e os rebeldes.
Em 16 meses, a violência provocou a morte de mais 17.000 pessoas, em sua maioria civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
–DOMINGO, 15 DE JULHO–
– Têm início os combates sem precedentes na capital síria entre soldados e rebeldes. O Exército dispara morteiros contra vários bairros, onde estão entrincheirados os rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL), composto por desertores e civis armados (OSDH).
– A agência oficial de notícias Sana indica que “o grupo terrorista que explodiu artefatos no bairro de Tadamun sofreu inúmeras baixas”.
–SEGUNDA-FEIRA, 16–
– O Exército, apoiado por tanques blindados, entra no bairro de Midan, próximo ao centro da capital. “O que está acontecendo em Damasco é uma reviravolta” (OSDH). Os combates se estendem para os bairros periféricos do sul, oeste e leste de Damasco, hostis ao regime.
– Durante a noite, os rebeldes afirmam controlar os bairros de Midan (sul) e Tadamoun (leste).
– O ESL afirma ter lançado uma operação “de grande envergadura”, batizada “de vulcão de Damasco e os terremotos da Síria”.
–TERÇA-FEIRA, 17–
– Durante a noite, os helicópteros metralham o bairro de Qaboun.
– Os combates alcançam, já pela manhã, os bairros periféricos, principalmente Midan. São ouvidas rajadas de armas automáticas no coração de Damasco, na Praça Sabeh Bahrat. Também são ouvidos tiros nas ruas de Bagdá, perto de uma das principais avenidas. O ESL afirma ter abatido um helicóptero que sobrevoava Qaboun.
– Os rebeldes dizem que lançaram a “batalha da libertação de Damasco”. A Irmandade Muçulmana exorta a apoiar a “batalha decisiva” de Damasco.
– Um oficial militar afirma que o Exército “controla a situação e persegue os terroristas refugiados em casas e mesquitas”.