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A voz da inclusão

Conheça a história e o projeto da jornalista e atriz Fernanda Honorato, vencedora na categoria Trabalho Social, no Prêmio CLAUDIA 2017

Por Giuliana Bergamo, editado por Abril Branded Content
Atualizado em 7 nov 2017, 18h00 - Publicado em 7 nov 2017, 18h00

O Prêmio CLAUDIA não é exatamente um evento artístico. Também não fala de sonhos sem lastro, mas de projetos realizados. Sua essência é a boa reportagem, que, ao longo dos últimos 22 anos, tem descoberto e promovido brasileiras que batalham para construir ou consertar o país. Na grande festa de premiação, porém, o jornalismo ganha tons de arte e contagia. Na noite de 2 de outubro, 1,1 mil pessoas estiveram na Sala São Paulo, na capital paulista, para conhecer o perfil e a obra de 24 finalistas e acompanhar de perto o anúncio dos nomes vencedores.

A seguir, conheça a história da jornalista e atriz Fernanda Honorato, 36 anos, premiada na categoria Trabalho Social.

O que ela faz: Em seu programa de TV e em palestras, divulga os direitos e as potencialidades das pessoas com deficiência.

Ainda na maternidade, ao descobrir que sua recém-nascida tinha síndrome de Down, a contadora carioca Carmen Honorato chorou copiosamente por uma noite e um dia inteiros. “Eu enfiava o rosto no travesseiro, para não fazer barulho, e soluçava”, relembra. No dia seguinte, enxugou as lágrimas e insistiu para ter alta médica. “Era preciso começar a estimulá-la quanto antes.” Com apenas 23 dias de vida, Fernanda, hoje uma mulher de 36 anos, fazia a primeira sessão de fisioterapia.

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Desde então, segue surpreendendo os pais. Na adolescência, quando morava com a família em Foz do Iguaçu (PR), depois de assistir a uma reportagem na televisão, anunciou: “Estão dizendo aí que tem vagas para pessoas com deficiência na prefeitura. Eu tenho síndrome de Down, quero trabalhar também”. Embora nunca tivesse escondido nada da filha, era a primeira vez que Carmen ouvia a menina falar sobre sua condição. O primeiro emprego, no entanto, só viria em 2006, quando a família estava de volta ao Rio de Janeiro. Fernanda dançava em uma boate quando foi abordada e entrevistada por uma equipe de audiovisual e recebeu o convite para fazer um teste. Aprovada, passou a integrar o time do Programa Especial, da TV Brasil, tornando-se a primeira repórter com deficiência intelectual do país. O semanal vai ao ar aos sábados, às 12 horas. Traz reportagens sobre deficiências, transmitidas com legendas, narração para imagens e linguagem de sinais. Nele, há o quadro Tietando, em que a repórter entrevista celebridades.

Já responderam às perguntas de Fernanda, por exemplo, Chico Buarque e Maria Bethânia, conhecidos por evitar o assédio da imprensa, e a jornalista Marília Gabriela, “musa inspiradora” da repórter. Orgulhosa por ser “completamente independente”, a carioca também viaja pelo Brasil para ministrar palestras sobre inclusão. “Sempre digo às mães de crianças com síndrome de Down para não desistirem dos sonhos e acreditarem no potencial dos filhos. No futuro, eles podem ser repórteres, como eu”, afirma.

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