Por AE-AP
Londres – O zagueiro congolês Christopher Samba reafirmou nesta segunda-feira o seu compromisso com o Anzhi Makhachkala, da Rússia, apesar de sua irritação por ser alvo de atos racistas no país, que foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2018.
No mês passado, foi atirada uma banana no jogador negro após partida contra o Lokomotiv Moscou. Este foi o terceiro incidente deste tipo que sofreu um jogador do Anzhi desde o ano passado. “Nunca permitirei que a pequena comunidade de racistas me vença”, disse Samba. “Eu sou um cara forte e vou seguir lutando pela minha equipe”.
Samba deixou o Blackburn, da Inglaterra, em fevereiro para se juntar ao clube dirigido por Guus Hiddink em uma transferência que teria custado US$ 19 milhões. “Gosto muito da minha passagem pela Rússia e, embora é claro que eu me irritei com o incidente de racismo, como o resto do mundo do futebol, as questões de racismo que acontecem aqui não são diferentes do que eu vivi em outros países”, disse Samba.
No entanto, o incidente fez com que os organizadores da Copa do Mundo prometessem redobrar os esforços para conter o racismo no futebol russo. No ano passado, o brasileiro Roberto Carlos, companheiro de Samba no Anzhi e campeão mundial pela seleção brasileira, foi vítima de racismo duas vezes.
Em 2010, os torcedores do Lokomotiv Moscou exibiram um cartaz mostrando uma banana destinada ao atacante nigeriano Peter Odemwingie. Depois, o jogador se transferiu para o West Bromwich Albion, da Inglaterra.