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Um tango triste de Messi em Lusail na estreia da Argentina

Depois da derrota contra a Arábia Saudita, o gênio canhoto tem uma dura missão: reerguer a Argentina; alviceleste volta a campo no sábado, 26

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 nov 2022, 17h06 - Publicado em 22 nov 2022, 10h09

LUSAIL – Messi ou Maradona? Na tarde histórica de 22 de novembro de 2022, no estádio Lusail, a Argentina do canhotinho do Paris Saint-Germain passou vergonha igual ou maior até do que a da seleção alviceleste de 1990, derrotada por Camarões na abertura da Copa na Itália por 1 a 0, gol de Roger Milla – com Maradona em campo. E então Messi já tem em seu rol de fracassos um que pode ser comparado ao de El Diez. O consolo: em 1990 a Argentina chegaria à final.

Foi uma tarde melancólica, para ser esquecida. Começou com a vaia ruidosa dos animados torcedores sauditas quando foto do 10 despontou no telão. O gol de pênalti – o seu sétimo em cinco Copas, um recorde de participações para jogadores da América do Sul –, logo aos 9 minutos, parecia antecipar o desfile que não veio. Depois, só erros e alguma displicência, apesar dos lampejos. Aos 21 minutos, ao receber lançamento de De Paul, teve um gol anulado pelo VAR. Aos 27, deixou o lance correr porque estava impedido – Lautaro marcou, mas o juiz não concedeu o tento por uma mísera manga de camisa, em checagem eletronônica. Aos 33, um erro de passe inabitual. Aos 34, de novo o VAR em cena: Messi encontrou Lautaro, que driblou o goleiro e pôs na rede. Era o sétimo impedimento argentino na partida. No segundo tempo, quase no final, ele perdeu um gol de cabeça.

O resultado, a vitória de 2 a 1 da Arábia Saudita, teve para o time de verde o sabor de um título mundial – para os sul-americanos o gosto foi de tragédia, estampada na postura e no rosto de Messi ao apito final. Desolado, caminhava como criança que perdera os pais de vista. Foi abraçado por companheiros e sauditas. Não falou com ninguém. Parecia ter perdido a parceira em um tango triste. Parecia ecoar a definição de Enrique Santos Discépolo, um dos grandes compositores portenhos, autor do clássico Cambalache, ao descrever o tango: “É um sentimento triste que se dança”.

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Messi precisará de forças para se reerguer na Copa, contra México e Polônia. A Argentina viveu em Lusail o 7 a 1 do Brasil humilhado pela Alemanha em 2014. Os camelos parecem assustados uma zebra a passear pelo deserto. Disse o craque, como epitáfio prematuro: “Estamos mortos. É um golpe muito duro”.

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