Em seus cinco primeiros jogos após cinco anos no Arsenal, na Inglaterra, Denilson foi expulso duas vezes. Criticado por torcedores do São Paulo, o volante se diz ainda mais chateado, mas concorda com Rogério Ceni, que o apoiou, e pede para que os árbitros do Brasil avaliem melhor as faltas antes de aplicar cartões.
‘Respeito a arbitragem, mas tem que parar um pouco e observar mais os lances’, pediu o meio-campista, lembrando que vem de um País mais adepto aos choques em campo. ‘É diferente. Lá na Europa a gente tem mais contato, e aqui qualquer coisinha acaba sendo falta’, reclamou.
Jogador mais procurado da delegação que desembarcou de Fortaleza, o camisa 15 andava apressado para o ônibus do Tricolor, decepcionado por seu último cartão vermelho, recebido na derrota para o Ceará. O meio-campista estava improvisado na zaga e, no início do segundo tempo, levou o segundo amarelo, deixando o time com um a menos quando estava 1 a 1.
‘Triste fico eu por ser expulso duas vezes em cinco jogos. É muito triste’, relatou Denilson, alegando injustiça. ‘No primeiro lance que levei cartão não achei justo porque evitei [o contato], mesmo assim acabei batendo e ele me deu amarelo. No segundo, tudo bem, era para tomar amarelo, mas acabei tomando vermelho’, lamentou.
Em meio à decepção durante a readaptação ao estilo da arbitragem brasileira, o jogador não esperava ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por duas partidas. A pena é em relação à sua expulsão na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba, quando o árbitro Antonio Carlos Schneider relatou ofensa na súmula.
‘Contra o Coritiba, na expulsão, não falei diretamente para o juiz e acabei tomando dois jogos. Fiquei surpreso com o resultado do julgamento’, considerou o atleta, que já fez questão de dizer que não é violento e que ‘nunca mandaria o juiz àquele lugar’. Apesar disso, terá que cumprir suspensão neste sábado, contra o Atlético-PR, no Morumbi.