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Tricampeão, Emerson sente emoção diferente com título pelo Corinthians

Por Da Redação
4 dez 2011, 18h43

A festa pela conquista de um Campeonato Brasileiro não é novidade para Emerson. Mesmo com os dois últimos títulos da Série A no currículo, por Flamengo e Fluminense, o atacante garantiu ter sentido uma emoção diferente ao se consagrar tricampeão pelo Corinthians. Virou ‘maloqueiro e sofredor’, como gostam de bradar os torcedores.

‘Não dá para comparar. No Corinthians, tudo é mais sofrido, gostoso. A nossa campanha teve muito desse sofrimento. No Flamengo, não fiquei até o final do campeonato. No Fluminense, também foi diferente’, comentou o Sheik, provando que incorporou o espírito da torcida do Corinthians.

Carioca de Nova Iguaçu, Emerson deu indícios de que teria mais dificuldades para se ‘converter’ corintiano. O atacante é flamenguista declarado, assim como outros jogadores de sua posição que passaram pelo Parque São Jorge nos últimos anos – Ronaldo, Souza e o parceiro Adriano, por exemplo.A paixão pelo Flamengo já havia criado problemas para Emerson no Fluminense. Ele foi dispensado pelo Tricolor carioca por cantar o funk ‘Bonde do Mengão sem freio’ em uma excursão para partida contra o Argentinos Juniors, pela Copa Libertadores da América, além de se envolver em outras confusões.

Ao chegar ao Corinthians, em maio, Emerson precisou se defender novamente de suas polêmicas. O carioca, curiosamente, havia iniciado carreira no futebol paulista, no rival São Paulo. Para jogar nas categorias de base do Tricolor, sua mãe adulterou o nome do filho de Marcio Passos de Albuquerque para Marcio Emerson Passos e a data de nascimento de 6 de dezembro de 1978 para 6 de setembro de 1981.

‘É sério que eu vou ter que responder sobre tudo isso?’, incomodou-se, em sua apresentação no Corinthians. Ainda assim, com sotaque carioca, relevou a pressão em torno do seu passado para dizer que estava ‘amarradão’ no novo clube. Emerson queria provar que poderia imperar como um Sheik também em São Paulo, após as passagens destacadas por Al Sadd, do Catar, Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, e mesmo por Flamengo e Fluminense (ele também atuou no Japão).

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Ao seu estilo, Emerson conquistou o seu espaço no Corinthians. Tornou-se uma alternativa importante para o ataque, já que o técnico Tite enfrentou problemas com os clinicamente frágeis Liedson e Jorge Henrique e ainda não contava com o fora de forma Adriano. Só não foi bem quando utilizado como centroavante, fora de sua função predileta, embora tenha sido elogiado pelo empenho como improvisado.A situação piorou quando Emerson recebeu uma proposta para voltar ao Al Sadd, enfrentou árbitros mais severos e contundiu-se por um longo período. O desfalque incomodou alguns torcedores. Tanto que Tite ficou indeciso quando Jorge Henrique se machucou no primeiro tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, já na reta final do Campeonato Brasileiro. O único atacante à disposição no banco de reservas era o Sheik – teoricamente, em condições de suportar apenas 30 minutos de jogo. Ele entrou em campo e recompensou o treinador com uma boa atuação e um gol decisivo para a virada.

‘É complicado ficar fora do time. As pessoas começam a me questionar. Mas eu me machuco muito porque jogo vontade, lealdade e honestidade’, desabafou Emerson, que já era uma unanimidade entre os torcedores pelo menos naquela tarde inspirada.

Não foi só o empenho que marcou o terceiro título brasileiro consecutivo do Sheik. Irreverente, ele também levantou muitas vezes o público ao passar a bola por baixo das penas de adversários e fazer outras provocações em campo – mais um indício de sua boa adaptação a São Paulo. Ao voltar para casa, comemorava com o seu animal de estimação: a macaca Cuca, que cria com autorização do Ibama, foi a companheira escolhida para afastar a solidão na capital paulista.

Emerson, agora, já pode retornar ao Rio de Janeiro para festejar. Ele sabe bem como se divertir nessas circunstâncias, independentemente de o título brasileiro conquistado pelo Corinthians ter uma emoção diferente dos dois anteriores. ‘Como já tinha sido campeão duas vezes, sei que a sensação é ótima. É muito gostoso entrar de férias, sabendo que você trabalhou o ano todo e foi premiado no fim. Vou curtir’, sorriu o Sheik, ‘corintiano, maloqueiro e sofredor’.

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