Buenos Aires, 13 fev (EFE).- O argentino Carlitos Tevez, que nesta terça-feira voltará à Inglaterra para se reintegrar ao Manchester City, confessou que quase ‘trocou agressões’ com o técnico Roberto Mancini, e pediu perdão aos torcedores de sua equipe.
‘Na partida contra o Newcastle, quase chegamos ‘as vias de fato’, algumas pessoas tiveram que nos separar. No outro dia, sentamos para conversar e ficou tudo bem. A relação que tinha com ele era boa, não má. Aconteciam várias brincadeiras entre a gente’, disse Tevez em entrevista ao canal ‘Fox Sports’.
O atacante foi afastado do elenco em setembro do ano passado, quando discutiu com Mancini por se negar a abandonar o banco de reservas e entrar em campo durante uma partida da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique, na Alemanha.
‘Nessa partida aqueci durante parte do primeiro tempo. No vestiário, Mancini conversou normalmente conosco, fomos para o segundo tempo e ele me mandou aquecer outra vez. Fiquei bravo e surpreso porque também dizia que eu estava mal fisicamente e não era assim. Ele me tirou a faixa de capitão sem dizer nada e por isso estava de mau humor’, contou o jogador.
‘Mancini fez uma mudança defensiva e fui sentar no banco porque parecia que queria evitar uma goleada. Aí saiu (Edwin) Dzeko e eles se xingaram em seus idiomas, uma confusão. Aí ele me viu no banco e como estava exaltado, me mandou ir aquecer como um cachorro. Como me ofendeu, me neguei’, afirmou Carlitos.
‘Eu estava pronto para jogar, mas como ele estava nervoso acabou me xingando e dizendo um monte de barbaridades. Eu estava tranquilo, sentado no banco e falando com Zabaleta, como todos viram’, acrescentou o jogador.
Tevez disse que os dirigentes do Manchester City ‘foram mal informados’ sobre o ocorrido e revelou estar magoado ao ver como os torcedores do clube lhe ofendiam e queimavam sua camisa.
‘Fiz muitas coisas pelo clube. Não tenho uma lembrança carinhosa dos torcedores, mas eles ouviram muitas mentiras sobre minha situação, e agora, estando mais frio, os entendo’, declarou.
‘Se me equivoquei, seja com o clube ou Mancini, peço perdão. Estou disposto a voltar e defender a camiseta do clube’, assinalou.
Sobre sua relação com Mancini, Tevez afirmou que é ‘contraditório’ que o treinador diga agora que o quer como jogador.
‘Quando saí do clube ele tinha dito que não me queria mais. Ele tomou a decisão porque teve a chegada de Agüero, porque Dzeko se firmou e Balotelli fez muitos gols. Poderia ter evitado toda esta situação dizendo que eu estava mal fisicamente, como vinha fazendo, e não me escalar. Ficava tudo assim, finalizou. EFE