O atacante Hernán Barcos recebe cada vez mais elogios no Palmeiras e já virou xodó da torcida, mas não guarda boas recordações das passagens pelas equipes de seu próprio País. Sem ter brilhado na Argentina, o Pirata se empolga com a rápida adaptação ao estilo brasileiro.
‘Não posso dizer que seja fácil, mas sim diferente. O futebol argentino é mais físico, e aqui é mais técnico. Depende de como o jogador se adapta e aproveita a chance. Você pode fazer que seja fácil ou não (o início no Brasil)’, afirmou, em entrevista coletiva na Academia de Futebol.
Em apenas 11 jogos pela equipe dirigida pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o atacante marcou nove gols e caiu nas graças dos palmeirenses. Apesar de experiente, o jogador admite a surpresa pela boa fase em tão pouco tempo.’Não esperava ter um início tão agradável. Antes de jogar, eu já sentia o carinho muito grande, o que foi importante para mim e me deu muita confiança’, acrescentou o titular absoluto do Verdão.
Barcos, inclusive, explica que confiança foi justamente o que faltou em suas tentativas na Argentina. Em entrevista ao jornal ‘Olé’, o palmeirense admitiu que não se deu bem em seu País de origem.
‘No exterior, tratam você de outra maneira. É um estrangeiro, é o jogador que foram buscar. É como se tivesse prioridade. Na Argentina, nunca tiveram confiança em mim’, lamentou.
Com três anos de contrato com o Palmeiras e em processo de naturalização no Equador, Barcos não pensa em voltar a atuar em casa. ‘Jogar na Argentina não é minha prioridade, sinceramente. Tive várias opções, mas sempre preferi ir para fora’, afirmou, antes de completar ao jornal argentino.
‘Minhas duas experiências foram muito más. Em oito anos no Racing, não me deram oportunidades. No Huracán, fiquei seis meses e tive de cobrar três salários. E ainda há a questão da insegurança. Tudo isso faz pensar: Por que jogaria na Argentina?’, raciocinou.
Antes de chegar ao Verdão, Barcos se destacou pela LDU, ganhando destaque no Equador e criando a hipótese de defender a seleção.