Na ânsia por trazer um camisa 10 que, enfim, convencesse, o São Paulo pagou R$ 9 milhões e ainda cedeu 30% dos direitos econômicos de Wellington ao Shakhtar Donetsk para contratar Jadson, totalizando a negociação em R$ 16 milhões. Menos de dois meses depois, o meia tem decepcionado e Emerson Leão admite que o reforço pode não dar o resultado esperado.
‘O Jadson não se adaptou ainda. Já esteve em oito jogos e vamos continuar orientando-o até a hora de ele estourar ou não’, disse o técnico, que nesse domingo, como tem sido recorrente, substituiu o armador. E preferiu não se estender na análise sobre o jogador após a vitória por 1 a 0 sobre o XV de Piracicaba.
O treinador se esquivou ao responder se Jadson, pelo que tem apresentado, valeu todo o investimento e esforço feito pela diretoria. ‘Vejo o Jadson que está no São Paulo e vamos continuar fazendo tudo de melhor para que ele se adapte o mais rápido possível’, falou.Leão admite sua estratégia de não fazer publicamente análises do atleta que esteve com a Seleção Brasileira e fez gol na última Copa América. Jadson já ostenta, mesmo em pouco tempo, rejeição de parte da torcida não só por seu fraco desempenho na armação, mas também por ter perdido pênalti na derrota por 1 a 0 para o arquirrival Corinthians.
‘Quanto menos falar, mais ajuda. Quanto mais incentivar, mais ajuda. Ele sabe que conta com nosso apoio até onde for possível’, comentou o treinador, que adota a mesma postura com o também criticado Piris, que jogou no domingo pouco depois de se recuperar de incômodo muscular.
‘Teve a maior boa vontade, não se furtou a dividir bolas, cruzar. O Piris tem certas limitações que tentamos melhorar. Nós e ele sabemos bem disso’, afirmou Leão, que planejava escalar Jean como titular na lateral direita antes de o volante de origem ser negociado com o Fluminense e pode dar chances a Douglas, recém-contratado do Goiás e em recuperação de contusão para estrear.