São Paulo faz as pazes com a torcida e vence o Coritiba
Tricolor faz 3 a 1 no Coxa. Ney Franco, recém contratado para assumir o comando do São Paulo, estava em camarote
O São Paulo chegou a correr riscos desnecessários contra os reservas do Coritiba, neste domingo, no Morumbi, mas venceu por 3 a 1 e entrou pela primeira vez no G-4 do Campeonato Brasileiro, mantendo ainda os 100% de aproveitamento no seu estádio. Jadson, Maicon e Osvaldo marcaram os gols tricolores, enquanto Robinho, de pênalti, descontou. A torcida, tão crítica duas semanas atrás, até gritou ‘olé’ nos minutos finais.
Quando Ney Franco – que viu o jogo num camarote no Morumbi – assumir o comando técnico da equipe, na segunda-feira, vai encontrar o São Paulo no quarto lugar do Brasileirão, com 15 pontos, no máximo quatro atrás do líder. Já o Coritiba, que pensa na Copa do Brasil, está com sete pontos, em 16.º, beirando a zona de rebaixamento.
A partida marcou a despedida de Lucas, que vai se juntar à seleção olímpica do Brasil e só deve voltar na 17.ª rodada. Sem ele, o São Paulo faz clássico contra o Palmeiras, domingo que vem, às 18h30, na Arena Barueri. O Coritiba, que também tem próximo compromisso contra o Palmeiras, quarta, na decisão da Copa do Brasil, volta a campo pelo Brasileirão sábado, às 21h, contra a Ponte Preta, em Campinas.
O jogo – As ações da diretoria e do interno Milton Cruz nas duas últimas semanas parecem ter surtido efeito. A demissão de Emerson Leão, a chegada de Ney Franco, a contratação de Rafael Toloi e a barração de Paulo Miranda e Casemiro fizeram com que a campanha, difundida nas redes sociais, para que o Morumbi tivesse público zero neste domingo, não colasse. Pelo contrário. A redução no preço dos ingressos ainda fez com que o estádio recebesse um bom público: mais de 22 mil pessoas, recorde do clube no Brasileirão.
A vitória era, se não certa, uma obrigação. Do outro lado estavam os reservas do Coritiba, mais focado em vencer a Copa do Brasil. A paciência da torcida, porém, era pequena, e com menos de dez minutos já surgiram os primeiros pedidos por raça.
Menos mal que logo o São Paulo abriu o placar. Douglas roubou bola do ex-palmeirense Chico e rolou para Jadson. O meia, que vinha de trás, bateu bonito, de primeira, e meteu no ângulo do goleiro Bruno Fuso.
O São Paulo errava muitos passes, permitia que o Coritiba fosse quem mais criasse chances, mas conseguiu o segundo gol com Maicon. Osvaldo, substituto de Luis Fabiano, fez a jogada pela esquerda e rolou para o meia, de primeira, tocar por baixo das pernas do goleiro.
No segundo tempo, praticamente só deu Coritiba até os 18 minutos, com chutes perigosos de Tcheco e Anderson Aquino. Mas o São Paulo tinha Lucas como diferencial. Um passe dele colocou Osvaldo sozinho na cara de Bruno Fuso, mas o atacante não pegou bem na bola e mandou no travessão. Em outra jogada de Lucas, o meia rolou para trás, Jadson chutou e Bruno Fuso pegou. No rebote, Osvaldo errou de cabeça, com o gol vazio.
Três erros seriam imperdoáveis. No terceiro passe de Lucas, Osvaldo recebeu livre, na cara de Bruno Fuso, tocou rasteiro, e fez o terceiro. Antes disso, Cortez falhou na defesa e Edson Silva, no ímpeto de afastar a bola, acertou Alex, que tentava se aproveitar. Pênalti que Robinho bateu e fez, descontando para o Coritiba.
Apesar da vitória, Milton Cruz, em seu último jogo como interino, ouviu vaias. Com três substituições, voltou a deixar em campo o time que tantas vezes irritou a torcida. Promovidos a titulares, Rodrigo Caio, Maicon e Osvaldo deram lugar a Casemiro, Cícero e Fernandinho.
Ficha técnica:
São Paulo 3 X 1 Coritiba
São Paulo – Denis; Douglas, Edson Silva, João Filipe e Cortez; Rodrigo Caio (Casemiro), Denilson, Maicon (Cícero) e Jadson; Lucas e Osvaldo.
Técnico – Milton Leite (interino).
Coritiba – Bruno Fuso; Willian Leandro, Lucas Claro, Émerson e Chico; França, Júnior Urso, Tcheco (Alex) e Lincoln (Thiago Primão); Robinho e Anderson Aquino (Rafael Silva).
Técnico – Marcelo Oliveira.
Gols – Jadson, aos 14, e Maicon, aos 40 minutos do primeiro tempo. Robinho (pênalti), aos 25, e Osvaldo, aos 34 minutos do segundo tempo.
Árbitro – Francisco Carlos Nascimento (Fifa-AL).
Cartões amarelos – Tcheco, Denilson, Rodrigo Caio, João Filipe e Jadson.
Renda – 225.360,00 reais.
Público – 21.336 pagantes.
Local – Estádio do Morumbi, em São Paulo.
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