Santos tricampeão da América (e dos desfalques): brilho individual é elemento essencial na receita para a conquista
Durante toda a campanha, sempre faltava alguém no time. Mas Elano, Ganso e principalmente Neymar cederam os lampejos que garantiram a Libertadores
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![Danilo comemora após marcar o segundo gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Danilo comemora após marcar o segundo gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/danilo-santos-penarol-libertadores-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar comemora após marcar o primeiro gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar comemora após marcar o primeiro gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-07-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar comemora após marcar o primeiro gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar comemora após marcar o primeiro gol do Santos na partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-06-20110622-original2.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar ao fim do primeiro tempo da partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar ao fim do primeiro tempo da partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-05-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar em lance durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar em lance durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-04-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=891&w=636)
![Zé Love, do Santos, em lance com Guillermo, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Zé Love, do Santos, em lance com Guillermo, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/ze-eduardo-santos-penarol-libertadores-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Arouca, do Santos, em lance com jogadores do Peñarol durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Arouca, do Santos, em lance com jogadores do Peñarol durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/arouca-santos-penarol-libertadores-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=771&w=636)
![Lance entre jogadores do Santos e Peñarol durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Lance entre jogadores do Santos e Peñarol durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/santos-penarol-libertadores-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar em lance com Mier, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar em lance com Mier, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-03-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=481&w=636)
![Neymar em lance com Andrés, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar em lance com Andrés, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-02-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Neymar em lance com Alejandro, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo Neymar em lance com Alejandro, do Peñarol, durante partida válida pela final da Copa Libertadores da América 2011, no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/neymar-santos-penarol-libertadores-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=877&w=636)
![Torcedores do Santos no início da partida contra o Peñarol no estádio do Pacaembu, São Paulo Torcedores do Santos no início da partida contra o Peñarol no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/torcedores-santos-libertadores-sao-paulo-04-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Torcedores do Santos antes da partida contra o Peñarol no estádio do Pacaembu, São Paulo Torcedores do Santos antes da partida contra o Peñarol no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/torcedores-santos-libertadores-sao-paulo-01-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![Torcedores do Peñarol antes da partida contra o Santos no estádio do Pacaembu, São Paulo Torcedores do Peñarol antes da partida contra o Santos no estádio do Pacaembu, São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/torcedores-penarol-libertadores-sao-paulo-02-20110622-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
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Ninguém teve papel mais crucial para a conquista que Neymar – mesmo entrando em todas as partidas como alvo principal de todos os marcadores
Para conquistar a América depois de quase meio século, o Santos teve um ingrediente decisivo e indispensável para os grandes times de futebol da história: o talento. Nos últimos anos, muitos bons times brasileiros – como o Cruzeiro de 2009, o Fluminense de 2008 e o Grêmio de 2007 – acabaram deixando o título da Libertadores escapar, mesmo contando com jogadores competentes e elencos bastante completos. Mas faltou o brilho individual capaz de mudar a história de uma partida. Na campanha do Santos campeão da Libertadores de 2011, depois da vitória contra o Peñarol, na noite de quarta-feira, em São Paulo, isso é o que se destaca mais: o time amargou desfalques por suspensão e contusão durante toda a competição. Ainda assim, superou os momentos mais delicados justamente por ter jogadores capazes de desequilibrar.
A experiência e a versatilidade de Elano, por exemplo, pesaram em vários momentos importantes – como no golaço de falta contra o Colo-Colo, do Chile, ainda na primeira fase. Paulo Henrique Ganso perdeu muitos jogos por causa de contusões, mas sua categoria também foi essencial para o título: na partida contra o Cerro Porteño, em Assunção, ajudou a equipe a garantir uma vitória importantíssima. Mas ninguém teve papel mais crucial para a conquista que Neymar. Ele foi a grande estrela da campanha vitoriosa da equipe na Libertadores – mesmo entrando em todas as partidas como alvo principal de todos os marcadores. Ainda que fosse perseguido implacavelmente pelos zagueiros, acabava ajudando o time, já que pendurava os marcadores com cartões amarelos e, ao concentrar as atenções dos adversários, abria espaço para que os outros brilhassem.
A qualidade técnica do trio de craques santistas foi suficiente para superar um problema frequente da equipe. A trajetória poderia ter sido bem mais suave se o Santos tivesse conseguido escalar um time próximo do ideal em todos os jogos. O mais perto que chegou disso foi só no segundo jogo da final, contando com o retorno de Edu Dracena, Ganso e Léo. Só faltou o lateral Jonathan para escalar a equipe projetada como titular no começo do ano. Não foram só os três jogadores mais conhecidos do time, contudo, que tiveram atuações de gala. O goleiro Rafael, por exemplo, foi o grande responsável pela classificação no jogo de volta contra o América, do México, nas oitavas. Nesse jogo, aliás, o Santos contrariou outra expectativa sobre sua campanha na Libertadores. O time jogou fechado, marcando muito, sem dar show – mas garantindo o resultado.
A partida contra os mexicanos foi uma das primeiras de Muricy no comando da equipe, e sua contratação, para substituir o interino Marcelo Martelotte, tinha sido marcada justamente pela discussão pública em torno do tipo de futebol que a direção santista esperava de seu treinador. Conhecido pelo pragmatismo, Muricy chegou sob pressão para honrar o que se chamou de “DNA ofensivo” do Santos. Ninguém mais deu bola para a controvérsia depois que Muricy foi ganhando jogos, garantindo o avanço do time na competição, fazendo a equipe funcionar. Mesmo com jogadores capazes de apresentar lances espetaculares, o Santos que conquistou o tricampeonato da Libertadores não ficará marcado como equipe que sempre dava espetáculo. Não importa: agora, o clube pode dizer que foi campeão da América também sem Pelé, na Libertadores de Neymar e Muricy.
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