O Barcelona ainda precisa passar pelo catariano Al Sadd para enfrentar o Santos na decisão do Mundial de Clubes, no domingo, mas já preocupa o time brasileiro. Mesmo vencendo o japonês Kashiwa Reysol por 3 a 1 nesta quarta-feira, o Peixe perdeu no quesito posse de bola (48% a 52%), que é justamente o ponto forte dos espanhóis.
‘Eu vi a estatística e nossa posse de bola realmente não foi boa. Isso não determina o resultado, mas com certeza temos que melhorar um pouquinho. Se bem que contra o Barcelona não adianta, a posse de bola deles é alta em qualquer lugar, não posso dizer que vou mudar isso, porque ninguém conseguiu’, analisou o comandante santista, ciente de que o provável adversário da final fica mais com a bola que seu oponente desde 2008, antes mesmo da chegada do técnico Josep Guardiola.Para contornar a adversidade, Muricy espera ver seus comandados repetindo o bom aproveitamento que obtiveram nas finalizações diante do Reysol. ‘Temos que ser efetivos como hoje (quarta). Na hora em que a bola cair no pé, temos que acertar’, emendou ele, lembrando dos belos gols marcados por Neymar, Borges e Danilo, que evidenciaram a precisão do Santos nas poucas chances criadas.
Outro problema detectado pelo treinador da equipe alvinegra foi a marcação pelo lado esquerdo da defesa, que teve Durval improvisado como lateral. Foi por ali que Sakai, ala que o Peixe tentou tirar do clube do Japão, criou as melhores jogadas do time anfitrião.
‘O Durval sentiu dificuldade. O lado direito deles é forte e nós sabíamos, era uma situação já falada. Quem tinha que marcar o Sakai era mais o Arouca. Ele ataca muito, mas não posso colocar o Neymar para tentar segurar’, explicou. ‘No próximo jogo, que deve ser contra o Barcelona, a dificuldade vai ser maior porque eles têm mais qualidade que a equipe japonesa. Mas nós não vamos marcar desse jeito, vai ser melhor’.