A noite era um teste para Brandão. Vaiado no treinamento na véspera da partida contra o Santos, o centroavante tinha a sua primeira oportunidade como titular absoluto do Grêmio, deixando André Lima no banco de reservas. Do outro lado, Borges, ex-jogador do Tricolor, fazia a torcida no Olímpico lembrar dos tempos que seu camisa 9 empilhava gols.
Brandão fez a sua parte, colocou a bola na rede na vitória por 1 a 0, em Porto Alegre. O gol de cabeça alivia um pouco a pressão sobre si e lhe dará, ao menos, mais um jogo desde o primeiro minuto de bola rolando. Mas ele entrará em campo sabendo que o técnico Celso Roth quer mais.
‘O que as pessoas veem, o torcedor vê e quem da opinião sobre futebol vê, é que se fez o gol está tudo bem. A movimentação não interessa. Trabalhar, marcar, se esforçar, tudo isso não interessa muito, tem que marcar um gol. Hoje ele está coroado com o gol. Teve a felicidade. Ele teve outras oportunidade e precisa melhorar’, contextualizou o treinador.
O outro 9, Borges, teve uma chance e não converteu. De resto o santista sucumbiu ao sistema defensivo tricolor. ‘A defesa teve uma atenção muito grande. O Mário (Fernandes) fez a função do terceiro zagueiro. Ele tem uma facilidade enorme de fazer a marcação e sair (para o jogo)’, explicou Roth.
Os três pontos somados na noite de quarta-feira fazem o Grêmio encostar em posições mais ambiciosas da tabela do Campeonato Brasileiro. O clube está a cinco pontos do Fluminense, atualmente, dono da última vaga à Libertadores.