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Rio x SP: Marco Polo e Zagallo vão disputar a vice da CBF

Cariocas diziam ter acordo de cavalheiros com paulistas para colocar veterano no lugar que era de Marin. Mas cartola ligado a presidente da CBF quer a vaga

Por Da Redação
17 abr 2012, 13h23

“Acho que deve ser uma insanidade alguém rejeitar o nome de Zagallo”, afirmava Rubens Lopes, chefe da federação do Rio, na segunda-feira

Nada mais adequado para uma entidade cujo poder caiu nas mãos de um cartola que simboliza o que há de mais arcaico no futebol brasileiro. A escolha do novo vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) transformou-se numa briga entre cariocas e paulistas, como nos velhos tempos do bairrismo acirrado no esporte. O novo presidente da CBF, José Maria Marin, teria feito um acordo de cavalheiros com a cúpula da federação do Rio de Janeiro para que sua cadeira de vice-presidente da região Sudeste fosse ocupada por um indicado carioca. Pelo menos é o que dizem os cartolas do Rio, que escolheram Zagallo para a vaga – e, na manhã desta terça-feira, foram informados de que São Paulo tem seu próprio candidato, Marco Polo del Nero, o presidente da federação paulista e responsável pela indicação do próprio Marin para vice da CBF. Seria a retribuição do velho cartola pela chance de ouro que ganhou de Del Nero ao ser levado à CBF. Seria, ainda, uma forma de evitar que Zagallo ficasse na linha de sucessão para a presidência.

Além de presidir a federação paulista, Marco Polo del Nero agora é integrante do Comitê Executivo da Fifa, ocupando a vaga que foi de Ricardo Teixeira. Nesta terça, ele confirmou que tentará a vaga de vice da CBF no Sudeste, provocando a irritação dos dirigentes que tentam minar o poder dos paulistas na confederação. “Houve realmente uma indicação, mas ainda tenho que esperar o apoio de oito federações e cinco clubes para poder participar da eleição”, afirmou Del Nero. Um dos líderes do bloco contrário a Marin, Francisco Novelleto, presidente da Federação Gaúcha, previu problemas. “Isso vai dar uma bronca grande. Nada contra o Marco Polo, mas os direitos são iguais para todos. Se isso se confirmar, São Paulo vai tomar conta de tudo. Estou saindo de cena e lavando minhas mãos. Já protestei o que tinha de protestar. São Paulo centralizou tudo. Onde se lê CBF, a partir de agora leia-se Federação Paulista. Não tenho mais nada a fazer. O Marco Polo vai ganhar. Não tenho mais nada com isso”, disparou.

Com a resistência da FPF ao nome de Zagallo, a escolha do novo vice-presidente vai se dar por eleição. Cabe à direção da CBF convocar assembleia que vai reunir as 27 federações e os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro para eleger o sucessor de Marin. Antes mesmo da divulgação do nome de Del Nero como candidato, as federações do Norte e Nordeste já diziam que apoiariam o candidato de São Paulo. No entender de Rubens Lopes, do Rio, era sua vez de indicar o nome do vice-presidente do Sudeste (na estranha divisão geográfica da CBF, somente Rio e São Paulo fazem parte desta região). Mas, para Del Nero, a indicação do último vice-presidente – justamente Marin – foi feita em conjunto pelas duas federações. “Acho que deve ser uma insanidade alguém rejeitar o nome de Zagallo”, disse Rubens Lopes. Por trás do impasse, há uma declarada disputa pelo poder. Se Zagallo for eleito, passará a ser o vice presidente mais idoso da CBF. Portanto, o substituto natural e imediato de Marin, em caso de vacância na presidência.

(Com Agência Estado)

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