Adriano conseguiu escapar das câmeras que o aguardavam na porta da 38º DP (Brás de Pina), na tarde de segunda-feira. Mas não está livre de dar explicações sobre sua suposta relação com traficantes da região e sobre as fotos comprometedoras reveladas esta semana. O jogador é novamente aguardado para prestar depoimento nesta quarta-feira, no Ministério Público Estadual do Rio. O promotor de Justiça Alexandre Themístocles, que ouvirá o craque, solicitou a presença do delegado que investiga o caso. O horário do depoimento não foi divulgado.
O Ministério Público informou na tarde desta terça-feira que o inquérito policial em que consta o nome de Adriano foi instaurado para apurar crimes de �tráfico ilícito de drogas, associação para fins de tráfico e posse ilegal de arma de fogo praticados por integrantes da organização criminosa Comando Vermelho� nas favelas Furquim Mendes e Dique, na zona norte do Rio.
A situação do atacante já era delicada só com o nome envolvido nesta investigação. Mas as fotos publicadas no jornal O DIA na segunda-feira trataram de complicar ainda mais a situação do atleta. Numa das imagens, Adriano segura o que parece ser um fuzil. A seu lado, outro homem segura uma arma dourada. A assessoria de imprensa de Adriano explicou que o fuzil é, na verdade, uma arma de paintball. E a peça dourada é parte de um abajur da casa do craque, onde, no momento da foto, era realizada uma festa.
A outra imagem mostra Adriano formando, com as mãos, a sigla �CV�, conhecido sinal da facção criminosa Comando Vermelho. Assessores do jogador dizem que trata-se apenas de uma brincadeira.
Para a polícia, brincadeira ou não, mostrar fuzil e fazer referência a quadrilha de traficantes rende, no mínimo, inquérito e intimação para depor. À frente da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), o delegado Marcus Vinícius Braga já avisou que pretende instaurar mais uma investigação para saber o que Adriano quis dizer com as letras C e V, e se as armas da foto são de verdade.