Presidente do COI elogia andamento das obras do projeto olímpico do Rio
Jacques Rogge participou, na manhã desta quarta-feira, do lançamento da pedra fundamental da Vila Olímpica de 2016, na Barra da Tijuca
“Estou orgulhoso, pois a preparação do Rio está indo extremamente bem. O COI não é um fiscal. Somos um parceiro. Não viemos para criticar, mas para ajudar”, afirmou Jacques Rogge
No lançamento da pedra fundamental da Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de 2016, as autoridades brasileiras ouviram do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, um elogio sobre o andamento do projeto da cidade. Rogge, que integra a comitiva do Comitê Olímpico Internacional que passa a semana na cidade, para uma série de reuniões de acompanhamento das obras, disse estar satisfeito com o que vê. “Estou orgulhoso, pois a preparação do Rio está indo extremamente bem. O COI não é um fiscal. Somos um parceiro. Não viemos para criticar, mas para ajudar”, afirmou.
Segundo Rogge, a escolha do Rio como sede dos jogos de 2016 foi acertada, pois além de trazer a competição para a América do Sul, “o Brasil estará ‘no top’ dos países daqui a 10 anos”.
No lançamento da vila, que servirá também para os atletas paraolímpicos, o prefeito Eduardo Paes e o presidente da construtora Carvalho Hoske, Carlos Fernando de Carvalho, apresentaram alguns detalhes do projeto. No terreno de um milhão de metros quadrados, junto ao autódromo, na área que serviu como “Cidade do Rock” no Rock in Rio 3, serão construídos 48 prédios de apartamentos de 3 e 4 quartos. No total, serão 2.880 unidades, num empreendimento com orçado em 2,5 bilhões de reais – só o terreno está avaliado em algo entre 600 e 700 milhões de reais.
Os prédios, que serão condomínios individuais, com áreas de lazer próprias e fachadas diferenciadas, vão ocupar 400 mil metros quadrados da área. Os outros Os outros 600 mil metros serão usados para a construção de equipamentos de apoio aos atletas. A estimativa dos construtores e da Prefeitura do Rio é de gerar 2.500 empregos diretos com o empreendimento.
No evento da manhã desta quarta-feira, Jacques Rogge apresentou o brasileiro João Havelange, que já presidiu a FIFA, como “membro decano do COI”. Além do prefeito, Rogge e Havelange, participaram o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman e o governador Sérgio Cabral.
A pressa do prefeito – Cabral fez uma brincadeira com a pressa do prefeito Eduardo Paes com o andamento das obras. “Para o Eduardo Paes, as Olimpíadas são em 2014, por isso tenho pena dos secretários dele”, disse, numa referência à cobrança aos subordinados do alcaide, mas também uma menção à necessidade de, em 2012, quando ocorrem as eleições municipais, as obras estarem em estágio avançado. O Rio, como cidade-sede da Copa do Mundo de 2014, também tem compromissos a entregar já em 2013, quando ocorre a Copa das Confederações.
Parque Olímpico – Depois da cerimônia de início das obras da Vila Olímpica, o governador, o prefeito e os dirigentes do COI seguiram para o Arena Rio, em Jacarepaguá, onde junto com o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio (IAB-RJ), Sérgio Magalhães, lançaram um concurso internacional de arquitetura e urbanismo para a elaboração do “masterplan” do Parque Olímpico. Os projetos deverão ser apresentados no dia 15 de janeiro, com foco na funcionalidade, sustentabilidade e acessibilidade. O escolhido deve ser anunciado no final de junho do ano que vem. “Não queremos ostentação, mas sim obras que sejam adequadas à sua função”, alertou Magalhães.
O presidente do COI voltou a discursar e lembrou que as Olimpíadas de 2016 são uma chance para o Rio acelerar seu desenvolvimento. “Os Jogos são uma grande oportunidade de fazer obras de infraestrutura, de fazer em sete anos o que demoraria 20, 25 anos. É uma oportunidade de acelerar e trazer melhorias que vão durar muito mais do que os dias dos Jogos”, disse Jacques Rogge.
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