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Presidente da Fifa pede desculpas ao Brasil pelos comentários de Valcke

Por Antonio Scorza
6 mar 2012, 17h57

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enviou nesta terça-feira um pedido de desculpas formal ao governo brasileiro pelos comentários do secretário-geral da entidade, Jerôme Valcke, que declarou na sexta-feira que o país precisava levar um “pontapé no traseiro” para avançar nas obras da Copa do Mundo de 2014.

“Meu único comentário com relação a este assunto é pedir desculpas a todos que tiveram sua honra e orgulho feridos, em especial o governo brasileiro e a presidente Dilma Roussef”, afirmou Blatter em carta endereçada ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, divulgada pelo governo brasileiro.

“Estou extremamente preocupado com a deterioração da relação entre a Fifa e o governo brasileiro, uma relação sempre marcada pelo respeito mútuo”, completou.

No entanto, Blatter não deixou de lembrar que também estava preocupado com o avanço das obras para a Copa do Mundo de 2014.

“Não deixemos que conflitos nos façam perder tempo. Ao invés disso, trabalhemos juntos para construir algo maior, como prometido pelo presidente Lula em seu mandato.”

Esta carta do presidente da Fifa chega um dia depois do pedido de desculpas do próprio Jerôme Valcke, que atribuiu a uma “interpretação incorreta” a polêmica desencadeada por suas declarações de sexta-feira.

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“Lamento profundamente que a interpretação incorreta das minhas palavras tenha causado tanta preocupação. Em francês, ‘se donner un coup de pied aux fesses’ (literalmente ‘levar um pontapé no traseiro’) significa apenas ‘acelerar o ritmo’ e, infelizmente, esta expressão foi traduzida para o português usando palavras muito mais fortes”, justificou.

Na segunda-feira, poucas horas antes de receber a carta de Valcke, o ministro Rebelo enviou uma carta à Fifa solicitando a substituição de Valcke como interlocutor, após declarar que recebeu “com espanto” suas declarações.

O secretário também foi chamado de “vagabundo” e “boquirroto” por Marco Aurélio Garcia, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República.

Apesar das tensões, Valcke manteve sua intenção de viajar ao país no dia 12 de março para fiscalizar o avanço das obras das arenas previstas para a Copa das Confederações.

Nesta terça-feira, outra comitiva com 40 especialistas da Fifa chegou ao Brasil e confirmou que o estádio de São Paulo, o ‘Itaquerão’, reunia todas as condições necessárias para sediar o jogo de abertura da Copa.

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“Não temos dúvidas de que a abertura da Copa do Mundo será no estádio do Corinthians”, afirmou Fulvio Danilas, diretor do escritório da Fifa no Brasil, após visitar as obras da arena.

Depois de São Paulo, a comitiva da Fifa visitará as cidades-sede de Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Manaus e Natal.

Além da construção dos estádios, Valcke também criticou as carências do Brasil em relação à rede hoteleira e à mobilidade urbana.

A Fifa também está na expectativa da votação da Lei Geral da Copa, adiada diversas vezes e prevista para esta terça-feira, após meses de discussões em torno de seus aspectos mais polêmicos, como a venda de bebidas alcóolicas nos estádios ou meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos.

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