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Plano de segurança da Copa prevê ação até em greves

Por Da Redação
1 dez 2011, 18h18

Por Daiene Cardoso

São Paulo – O Conselho de Ministros começa a discutir nesta sexta-feira o Plano Estratégico e o Plano Tático Nacional para a segurança na Copa de 2014. O projeto, inspirado na experiência das organizações das duas últimas edições do Mundial, na Alemanha e na África do Sul, e adaptado à realidade brasileira, prevê a criação de um Centro de Comando e Controle Internacional e a atuação dentro dos estádios de oficiais e até policiais estrangeiros. Está previsto também um plano em caso de paralisação dos trabalhadores do evento. “Para situação de greve, que em outros eventos não foi pensado, já há um plano de contingência”, revelou José Ricardo Botelho, da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça. A previsão é que o plano seja aprovado pelo governo ainda neste mês, para que, então, seja executado.

O secretário explicou que serão convidados para o Centro Internacional, a ser instalado no Rio, 10 representantes de cada um dos 31 países participantes da Copa, 10 representantes de cada país que faz fronteira com o Brasil mas que não participará da competição e 10 representantes de cada nação considerada “estratégica” para a segurança do Mundial no Brasil. O objetivo é que, através dessa cooperação policial, a segurança brasileira possa evitar a entrada de visitantes indesejados, como os violentos hooligans. “Teremos acesso a diversos sistemas para evitar que essas pessoas cheguem ao País”, contou Botelho.

Segundo o secretário, os aeroportos brasileiros terão acesso ao sistema 24 horas da Interpol, que reúne informações de 188 países, para controlar a entrada dos visitantes. “Posso garantir que esse País está se preparando da melhor maneira possível com o que há de mais moderno para os grandes eventos”, reforçou.

Nos estádios, além da segurança privada e da segurança pública, policiais dos países que estiverem disputando a partida vão circular com seus uniformes entre os torcedores. “Nós deslocaremos pessoas dos países que vão jogar, mas eles não poderão usar armas”, disse Botelho.

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Por ser um evento internacional envolvendo países que são alvos de atentados terroristas, a Secretaria vem discutindo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) de análise de risco. “São situações previstas que serão mitigadas”, ressaltou o secretário. Embora os policiais brasileiros não tenham experiência em situações de ataque terrorista, Botelho garante que o Brasil estará preparado para as mais diversas situações, passando do combate à pedofilia, prostituição, tráfico de drogas e torcidas organizadas e chegando até a ações de grupos internacionais. “O fato de o País não ter um episódio específico não quer dizer que o País não estará preparado. O País tem pleno conhecimento do que está acontecendo no mundo”, garantiu.

Estarão sob o comando da Secretaria todas as forças de segurança (das Forças Armadas às polícias Civil, Militar e Rodoviária), a Defesa Civil, os Bombeiros e as concessionárias de serviços dos 12 Estados que sediarão jogos da Copa. Cada um terá uma atribuição determinada no evento e todos estarão sob a chefia dos 14 centros fixos de controle integrado (12 nas cidades-sede, um QG em Brasília e seu backup no Rio). Serão montados centros móveis em ônibus e microônibus, que serão responsáveis pela segurança em locais de grande concentração de torcedores (estádios e pontos de transmissão de jogos).

O governo brasileiro pretende começar a treinar, a partir de meados de 2012, 53 mil policiais. Alguns cursos de capacitação, como ação em desastre com vítimas, treinamento para policiais especializados em explosivos e curso para negociadores, já foram realizados este ano. “Não há nada lá fora que não possamos ter aqui dentro”, ressaltou Botelho.

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