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Pistorius caminha sem próteses em julgamento para tentar provar ‘vulnerabilidade’

Atleta paralímpico alega ter matado a namorada acidentalmente ao confundi-la com um ladrão. Ele estava sem as próteses no momento do assassinato

Por Da Redação
15 jun 2016, 11h31

O campeão paralímpico Oscar Pistorius caminhou sem suas próteses no tribunal de Pretória, na África do Sul, como parte da estratégia da sua equipe de defesa em audiência realizada nesta quarta-feira. Condenado por assassinar a sua namorada, Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013, o atleta sul-africano pretendia mostrar sua “vulnerabilidade” quando está sem as próteses. Ele alega ter matado a modelo acidentalmente, ao confundi-la com um ladrão e atirar contra a porta do banheiro de sua casa.

O advogado de defesa Barry Roux pediu permissão para Pistorius remover suas próteses, e, em seguida, o astro do atletismo caminhou com dificuldades diante da juíza Thokozile Masipa, que determinará a sentença após as audiências desta semana. Em algumas ocasiões, Pistorius pareceu perder o equilíbrio.

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Pistorius não estava com suas próteses quando disparou contra Reeva através da porta do banheiro da sua casa em 2013. Em seu julgamento pelo assassinato, disse que se sentia vulnerável e acreditava que um intruso havia entrado na residência. A promotoria, no entanto, acusa o paratleta de ter matado intencionalmente a modelo depois de uma discussão.

O promotor Gerrie Nel falou após a demonstração e combateu o argumento da defesa de que Pistorius é um “homem destruído” pela dor de ter matado Reeva e pelo trauma que se seguiu pelo caso. Nel se referiu ao depoimento de Barry Steenkamp, pai da vítima. “Se você quiser falar sobre um homem destruído, vimos um homem destruído aqui”, disse, sobre Barry Steenkamp.

https://youtube.com/watch?v=UDxM3UWyhPc%3Frel%3D0

Pistorius está em prisão domiciliar depois de cumprir um dos cinco anos de uma pena por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Essa sentença foi anulada no ano passado por um tribunal de apelações que o condenou por homicídio doloso.

Thokozile, que inicialmente absolveu Pistorius por homicídio intencional, definirá a nova sentença. De acordo com as leis sul-africanas, a sentença para esses casos são de ao menos 15 anos de pena, embora os juízes possam reduzi-la de acordo com algumas circunstâncias.

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No início desta quarta-feira, o advogado de defesa Roux disse que há equívocos sobre a condenação de Pistorius pelo homicídio e pediu clemência. Ele declarou que existiem “circunstâncias consideráveis e convincentes” que levariam a juíza a definir uma pena menor do que os 15 anos de prisão.

O apelo de Roux para a juíza se deu dias depois do depoimento da última testemunha de acusação, uma prima de Reeva, Kim Martin, que atacou Pistorius por supostamente não dar a “versão real” sobre o caso.

A prima da modelo criticou o atleta por não prestar depoimento nas audiências de sentença, mas concordar em dar uma entrevista para um canal de TV, que será exibida após o fim das sessões desta semana. “Eu acho que é muito injusto querer contar ao mundo sobre sua versão quando você teve a oportunidade em um tribunal de fazê-lo”, disse.

Pistorius, de 29 anos, tem quatro medalhas de ouro, uma de prata e outra de bronze, conquistadas nos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Ele ainda se tornou o primeiro atleta paraolímpico a disputar uma Olimpíada, em 2012, quando foi autorizado a competir com suas próteses e chegou às semifinais dos 400 metros rasos.

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(com Estadão Conteúdo)

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