Campeão mundial pelo Santos em 1962 e 1963, o ex-jogador Pepe acreditava que o time brasileiro podia surpreender o Barcelona na decisão deste domingo. Depois da goleada por 4 a 0, porém, o ‘Canhão da Vila’ reconheceu a superioridade do time catalão, que segundo ele faria frente até ao lendário Peixe de Pelé.
‘Eu estava com um pé na frente e outro atrás. Arrisquei que seria 2 a 2 e errei redondamente (risos). Mas sou um ex-atleta do Santos e não apostaria em uma derrota de maneira nenhuma’, contou o ex-ponta esquerda, em entrevista à GE.Net. ‘Todos sabiam que seria difícil passar por esse Barcelona. Dá gosto ver esse time jogar, parece um pouco com o Santos da minha época e com o Brasil de 70’.Pepe evitou fazer críticas a Neymar, que não correspondeu às expectativas e pouco apareceu, mas admitiu que talvez só Pelé pudesse ajudar a equipe praiana a conter os comandados de Guardiola. ‘Em um jogo como esse, se o Santos tivesse o Pelé, talvez fosse diferente’, opinou.
‘Neymar ficou apagado, mas não foi por falta de esforço. Ele procurou o jogo, a gente via pelas reações dele, mas o Barcelona teve uma atuação perfeita. Foi incostestável, fez quatro e, se precisasse de saldo, ganharia de mais. O time deles é infinitamente superior ao Santos e a qualquer equipe, é brilhante’, analisou o ex-atleta, antes de arriscar um palpite para um hipotético confronto entre o Barça de Messi e o Santos de Pelé. ‘Seria jogo duro. Talvez fosse 4 a 4’.
Capita critica defesa
Pentacampeão paulista pelo Peixe, o ex-lateral direito Carlos Alberto Torres também comentou a derrota alvinegra. Assim como Pepe, o Capita rasgou elogios à equipe espanhola, mas foi mais duro nas críticas. ‘O Santos tem uma defesa fraca, enquanto o Barcelona é bom do goleiro ao ponta esquerda’, disse, em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Muricy Ramalho também foi lembrado pelo ex-jogador, que criticou a opção pelo 3-5-2 na decisão e as declarações do treinador antes do jogo. ‘Sou contra o esquema com três zagueiros e também fui contrário quando ele disse que o Guardiola só teria nota dez quando viesse trabalhar no Brasil’.