A sétima rodada do Campeonato Pernambucano começou com o ‘Clássico das Emoções’ realizado entre Náutico e Santa Cruz neste sábado, no estádio dos Aflitos. Derrotado apenas pelo Sport em toda a competição, o Timbu quase manteve a sina e diante do Santa Cruz até os 48 minutos do segundo tempo, quando Souza marcou de pênalti e determinou o 2 a 2 no placar.
Com o resultado, o Santa Cruz vai a onze pontos e fica na terceira colocação, atrás apenas de Salgueiro e Náutico. O Carcará tem 15 pontos e o Timbu vai a 16, na liderança do Pernambucano. No domingo, mais cinco partidas fecham a rodada.
O primeiro gol dos anfitriões foi marcado por Cascata, que era o principal jogador do Timbu dentro de campo e ainda saiu lesionado de campo aos 38 do segundo tempo, preocupando o torcedor do Náutico. O Santa Cruz, que teve Carlinhos Bala e Flávio Caça-Rato entrosados, marcou justamente com Flávio e também com Elicarlos, volante do Náutico, que atirou contra as próprias redes após jogada de Luciano Henrique, temendo a infiltração de Bala.
O gol salvador do Timbu e causador de muita polêmica veio aos 48 minutos do segundo tempo, quando Souza foi derrubado por Leandro Souza dentro da área. O próprio Souza cobrou sem força e empatou o jogo. Após o apito final, os jogadores do Santa Cruz se reuniram ao redor do árbitro Emerson Sobral e aplaudiram a marcação classificada como ‘vergonhosa’ pelo técnico Zé Teodoro.
O Jogo – O primeiro tempo do clássico dos Aflitos neste sábado foi de opostos. No momento em que o Náutico era superior, construía jogadas e se aproximava do gol, foi o oportunista Santa Cruz quem abriu o placar. Do mesmo modo, quando Carlinhos Bala e Flávio Caça-Rato faziam tabelas dignas de Pelé e Coutinho e buscavam aumentar a vantagem, o Timbu igualou o placar.
Aos oito minutos, depois do tradicional equilíbrio dos clássicos, Eduardo Ramos partiu em jogada individual pela direita, driblou Memo e invadiu a área do Santa Cruz. Nem a marcação cerrada de Anderson Pedra impediu o camisa 10 de bater com força, mas pela linha de fundo do gol de Tiago Cardoso.
Menos de cinco minutos depois, o Santa Cruz inesperadamente abriu o placar. Durante um ataque, Siloé caiu e pediu falta. O time do Náutico parou, mas o árbitro não marcou nada e deu a oportunidade ao Santa Cruz de contra-golpear. Em velocidade, Carlinhos Bala serviu Flávio Caça-Rato que, na saída de Gideão, fez o primeiro do Tricolor.
A Cobra Coral se manteve exercendo forte pressão, mas não evitou que, no último ataque perigoso do primeiro tempo, quando Bala bateu de fora da área nas mãos de Gideão, o goleiro fosse iniciar a jogada do gol de empate. Aos 23, Cascata fez o domínio no meio da área e bateu forte, sem chances para Tiago Cardoso.
Inspirado pelo empate conquistado cedo, o Timbu resolveu partir para cima do Santa Cruz e penetrou com facilidade na defesa adversária. As oportunidades, entretanto, foram desperdiçadas por Cascata, principalmente, aos 28 e aos 32 do primeiro tempo.
Zé Teodoro não esperou o bom futebol do Náutico render frutos e tratou de colocar o implacável Everton Sena para reforçar a marcação. A alteração só surtiu efeito no segundo tempo, quando o Santa Cruz teve tranquilidade para voltar a criar jogadas e anulou as opções ofensivas do Timbu.
Na etapa final, o gol do Santa Cruz passou a ser questão de tempo. E veio aos 14 minutos, depois de uma jogada rápida e eficiente de Luciano Henrique, que driblou dois marcadores e cruzou para o meio da área. Assustado, Elicarlos quis antecipar Carlinhos Bala, mas acabou atirando contra o próprio gol.
O Náutico tentou reagir, mas acabou ficando sem o lesionado Cascata, principal jogador da equipe no Pernambucano, e por pouco não teve mais iniciativa para tentar igualar o marcador.