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Patrícia Amorim bota panos quentes na crise que fez Zico deixar o Flamengo

Presidente do clube diz que conselho fiscal tem que fiscalizar, que não há irregularidade e que espera ter de volta o maior ídolo da história do clube

Por Leo Pinheiro
1 out 2010, 22h02

“Eu chorei pouco, tinha que me controlar para não interferir no emocional do grupo que tem um clássico com o Botafogo amanhã, mas o Zico chorou muito”

Depois de um dia marcado por protestos de torcedores, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, concedeu uma breve entrevista coletiva para explicar os motivos da saída de Zico do cargo de diretor de futebol do clube. O maior ídolo da história do Flamengo ficou apenas quatro meses no cargo, e anunciou sua decisão em seu site na madrugada desta sexta-feira. Em tom protocolar, Patrícia tentou desviar o foco da discussão: as denúncias do presidente do Conselho Fiscal Leonardo Guimarães, o ‘Capitão Léo’, ex-presidente da torcida uniformizada Jovem Fla, de que a parceria do Flamengo com o CFZ, de propriedade de Zico, era lesiva ao rubro-negro carioca.

Sem tomar partido, a presidente limitou-se a dizer que “o Conselho Fiscal estava no seu papel de fiscalizar”, mas que não existia nenhuma irregularidade na relação do ex-jogador ou do CFZ, com o Flamengo. Sobre as denúncias do ‘Capitão Léo, a presidente do Flamengo foi evasiva. Primeiro disse que ele teria que provar as acusações. Depois recuou. “Provar, provar não é bem assim, quero apenas que ele me explique de onde tirou isso. Eu desconheço.” A presidente contou que apesar de ter passado o dia de ontem ao lado do ídolo, ele não manifestou a indignação descrita na carta de desligamento que publicou em seu site, o Zico na Rede e que soube do descontentamento do craque através de uma mensagem de texto enviado por ele para o seu celular.

Só hoje, no final da manhã, os dois se falaram por telefone. “Tentei demovê-lo da idéia de abandonar o cargo, mas não ele não aceitou meus argumentos. Então combinamos um encontro para ele se despedir do grupo”. Patrícia ainda revelou que a reunião foi emocionante para ambos. “Eu chorei pouco, tinha que me controlar para não interferir no emocional do grupo que tem um clássico com o Botafogo amanhã, mas o Zico chorou muito”, disse Patrícia.

Zico, diretor do Flamengo
Zico, diretor do Flamengo (VEJA)
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Desgaste – Em quatro meses como dirigente, Zico enfrentou uma série de crises. Em julho, houve o escândalo do goleiro Bruno, acusado de assassinar a jovem Eliza Samudio. No mesmo mês, o ‘Império do amor’ chegou ao fim, com a saída dos atacantes Adriano e Vagner Love.

O Galinho teve, então, o desafio de recompor o elenco de jogadores para o Brasileirão. Mas fracassou. Perdeu o Sheik Emerson para o Fluminense e contratou atacantes que não renderam, como Val Baiano e Cristian Borja. Tentou consertar o erro na última hora, trazendo, a preços inflacionados, outros dois candidatos a goleador: Diogo e Deivid – que, até agora, eles ainda não engrenaram.

Zico também foi acusado de ter demorado a tomar uma decisão diante dos maus resultados do técnico Rogério Lourenço. Com o atual treinador Silas, o Galo repetiu a postura, mantendo-o no comando da equipe após acumular um péssimo retrospecto e dar declarações infelizes após o empate com o Goiás, na última terça-feira.

Patrícia diz que não perdeu as esperanças de trazer Zico de volta. “O Flamengo tem esse objetivo de trazer para o clube seus grandes personagens e torce para que estes sigam escrevendo os melhores capítulos do Fla. Torço para que ele, como maior personagem do Flamengo, volte.”

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