Para o Corinthians, perder nesta quarta não seria tragédia
Presidente do clube minimiza pressão e técnico pede sangue frio a jogadores
Por Da Redação
4 jul 2012, 14h03
“Não tem fila. Para mim, o Corinthians está disputando há quatro anos. Cada um que julgue segundo o seu critério”, disse Mário Gobbi
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A poucas horas da decisão entre Corinthians e Boca Juniors, o presidente do clube paulista, Mário Gobbi, mostrou seu incômodo sobre a pressão que é colocada na equipe para conquistar pela primeira vez a Libertadores. De acordo com o cartola, o clube está descobrindo os “atalhos” do torneio – e, portanto, uma possível derrota nesta quarta-feira não deveria ser encarada como uma tragédia. Além do dirigente, o técnico da equipe, Tite, também acredita que é preciso reduzir a pressão sobre os atletas, já que, segundo ele, o time precisará de tranquilidade para erguer a taça inédita. Entre os quatro grandes clubes paulistas, só o Corinthians não tem uma Libertadores.
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“Para vencer essa competição, você precisa ter o hábito de jogá-la”, disse Gobbi na tarde desta quarta-feira. “O título virá com tranquilidade. Se não for agora, vem na próxima. Essa não é a última Libertadores da história do mundo e o mundo não vai acabar. O importante é que o trabalho está no caminho certo, estamos invictos e isso já nos honra muito”, discursou. De acordo com o presidente do clube, o desejo corintiano pela Libertadores é recente. “Até o fim dos anos 1980, o Corinthians se preocupava mais com os títulos regionais. Na década de 1990, veio o interesse por competições nacionais. Só depois veio a Libertadores, que nós disputamos nos últimos três anos.”
Sem fila – Para Gobbi, a culpa pela cobrança exagerada de título sobre o clube é da imprensa – que, na opini��o dele, não leva em conta essa mudança de mentalidade recente no clube. “Tentei tirar o peso que vocês colocam na torcida de ter que ganhar a Libertadores. Vocês provocam, incutem um sentimento raivoso e depois os chamam de vândalos”, disse o cartola aos jornalistas que participavam da entrevista coletiva. “Não tem fila. Para mim, o Corinthians está disputando há quatro anos. Cada um que julgue segundo o seu critério.” Ao tentar reduzir a pressão sobre a equipe, o dirigente acaba deixando transparecer que se preocupa, de fato, com a repercussão de uma possível derrota.
“Não posso criar uma expectativa. Lido com uma massa enorme de torcedores. Tenho que baixar a adrenalina deles”, disse Gobbi. “Se não quiséssemos uma Libertadores, não haveria todo esse planejamento no clube. Mas não posso dizer que a história do Corinthians se resume a este título.” O discurso do dirigente se alinha à posição de Tite, que, na véspera do jogo, pedia sangue frio ao seu elenco. “Temos maturidade suficiente”, garantiu ele. Os jogadores afirmam ter entendido o recado. “A gente precisa ter tranquilidade. O Tite sempre bate nessa tecla. Acima de tudo, temos de ser inteligentes para ganhar esse jogo”, afirmou Danilo, que ganhou a Libertadores no São Paulo.
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