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Oposição corintiana lança candidatura e cobra debate com situação

Por Da Redação
31 jan 2012, 15h02

Paulo Garcia, candidato da oposição à presidência corintiana, promoveu uma entrevista coletiva e um almoço em um hotel do centro da cidade de São Paulo para lançar de forma oficial a candidatura da chapa ‘Pró-Corinthians’, nesta terça-feira. Em meio a críticas à atual gestão, o empresário cobrou insistentemente um debate com o seu concorrente Mário Gobbi.

‘Gostaríamos que a situação se apresentasse para essa troca de ideias. Poderia ser na TV Corinthians, em que não tenho espaço por ser da oposição. Não entendo por que o Mário Gobbi se esconde. Ele tinha que aparecer mais, sem seus porta-vozes. É muito chato debater com a parede. Precisamos ver quem está mais preparado para ser o administrador’, bradou Paulo Garcia, enfatizando bastante que é sócio do Corinthians desde 1970.

‘Eu e a minha família temos história no Corinthians. Já o Gobbi entrou no clube de manhã, virou sócio à tarde e já era conselheiro vitalício à noite. Se ele está trabalhando o dia todo na Polícia, como pode ser presidente? Além disso, ele não ganhou nada como dirigente. Foi um fracasso total, com a queda para a Série B e a perda do título da Copa do Brasil para o Sport’, citou o oposicionista.

Paulo Garcia não fez apenas ataques no evento que promoveu. Aos 57 anos, o empresário que é proprietário do grupo Kalunga (empresa de papelaria e informática, principal patrocinadora do Corinthians entre 1983 e 1995) apresentou algumas de suas propostas ao lado de Osmar Stabile, candidato a primeiro vice-presidente, e Celso Luiz Limongi, a segundo vice-presidente. Os grupos de oposição se uniram para tentar fazer frente aos apadrinhados de Andrés Sanchez – Mário Gobbi tem como seu vice o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg.Para Garcia, os feitos alardeados pela presidente licenciado do Corinthians não estão livres de ressalvas. O processo de construção do estádio em Itaquera, por exemplo, ‘precisa de melhorias’. ‘Acho um absurdo que eles não tenham pensado em uma cobertura para a arena. Quando eleito, darei atenção a isso. Os valores da obra também são uma caixa-preta. Ninguém divulga nada. Falta transparência’, reclamou o candidato.

Garcia ainda aproveitou um erro assumido pelo próprio Andrés Sanchez para elevar o tom de voz. ‘Ele mesmo disse que as categorias de base ficaram abandonadas. Paramos de revelar jogadores. Essa gestão deixou muito a desejar nesse ponto. Contratou 250 atletas e não aproveitou nenhum menino, sendo que o nosso terrão tem história’, discursou.

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Enquanto Paulo Garcia se pronunciava, chamava a atenção dos presentes o logotipo da chapa ‘Pró-Corinthians’, diante do oposicionista. O distintivo do clube tinha seis estrelas (em referência ao título mundial de 2000 e aos cinco brasileiros), apesar de o departamento de marketing de Sanchez ter abolido a prática de contabilizar as conquistas dessa forma.

‘Não tenham dúvidas de que traremos as estrelas de volta. É a história do Corinthians. Eles estão achando que o clube começou em 2007, com o Andrés, e não em 1910. Começaram a apagar tudo o que era anterior’, chiou Garcia, evitando um atrito direto com Sanchez, com quem diz ter bom relacionamento. ‘Não quero comentar sobre o Andrés, até porque ele não é candidato. Se me perguntarem sobre o Gobbi, eu falo’, ponderou.De qualquer maneira, Paulo Garcia não pretende fazer mudanças radicais no departamento de futebol caso seja eleito. Prometeu manter o técnico Tite e até defendeu o robusto e indisciplinado centroavante Adriano. ‘Contrataram uma série de jogadores para a posição dele, humilhando o Adriano. Isso deixa a autoestima do atleta muito baixa. Preciso conversar com ele e ver o que está acontecendo’, disse.

Paulo Garcia ainda prometeu dar mais atenção à sede social do Corinthians, criar um ‘SPA Mulher’ no Parque São Jorge, ampliar os programas de lazer e saúde para idosos e incentivar a formação de atletas de modalidades olímpicas, com foco nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Como quer o oposicionista, Mário Gobbi deve se manifestar para rebater as críticas e externar as suas propostas nos próximos dias.

A eleição para presidente do Corinthians está marcada para o sábado de 11 de fevereiro e tem Mário Gobbi como grande favorito. ‘Sabemos que é uma luta difícil, mas tenho certeza de que chegaremos à vitória. Serão 11.000 sócios aptos a votar, com esse número podendo cair para 10.500. Mas não chegará a 3.000 eleitores, até porque muitas pessoas trabalham aos sábados. Conto com todos’, concluiu um esperançoso Paulo Garcia, já derrotado por Andrés Sanchez em duas ocasiões.

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