‘Não queremos uma Olimpíada cara’, diz prefeita de Tóquio
Yuriko Koike assumiu em julho, depois que o seu antecessor se demitiu por gastar seis vezes mais do que o previsto em obras para os Jogos
A prefeita de Tóquio, Yuriko Koike, está no Rio de Janeiro para coletar informações sobre setores estratégicos à realização de uma Olimpíada. Ela e funcionários do governo tentam entender, principalmente, como funciona a segurança da cidade e a organização dos voluntários. Tóquio será a próxima sede dos Jogos, em 2020, e já está em meio a um furacão financeiro. No caderno de encargos, estava previsto um gasto de 2,5 bilhões de dólares, mas os custos já chegaram a 15 bilhões na capital japonesa – seis vezes mais do que o planejado. Yuriko Koike, então prefeito, acabou pedindo demissão depois dos gastos excessivos. Em julho, Koike assumiu após vencer a eleição. O discurso dela, agora, é de contenção de despesa.
“Os gastos foram questionados no Japão. Os Jogos não devem ser um evento isolado, sem consequências para a população. Não podemos desperdiçar dinheiro”, disse, acrescentando: “Não queremos um evento caro”. Koiko estava de quimono para, segundo ela, mostrar a hospitalidade e a etiqueta japonesa para o prefeito Eduardo Paes. Os dois se encontraram na manhã desta quinta-feira para trocar informações sobre os Jogos. O prefeito brincou de volta ao pedir desculpa por não ter ido com uma roupa de sambista carioca para representar a cidade.
Jogos paralímpicos
Em entrevista dada por Paes e Koiko, o prefeito do Rio assumiu que a Paralimpíada “praticamente não vendeu ingressos”. A expectativa é de que os brasileiros comprem quando os Jogos começarem. A dificuldade em comercializar essas entradas aumentou o problema financeiro do comitê. O prefeito prometeu repassar 150 milhões de reais para ajudar, mas o juiz eleitoral Marcello Rubioli disse que Paes pode ter de responder criminalmente se destinar verbas públicas para a realização da Paralimpíada em ano de eleição. “Tenho certeza de que a decisão será revista”, disse Paes.