Todo o início de temporada é um período para testes e avaliações para definir quais jogadores poderãi ser úteis para a equipe durante o ano. No Santos não foi diferente em 2012 e após as primeiras experiências, o técnico Muricy Ramalho divulgou o corte de sete jogadores para o restante do ano. A curiosidade é que, dos sete atletas que não vão mais integrar o elenco principal, todos foram revelados nas categorias de base do clube.
Destes atletas que não serão aproveitados por Muricy, apenas o atacante Renan Mota tem futuro definido. O avante defenderá o Democrata-MG, por empréstimo, na primeira divisão do Campeonato Mineiro.
Entretanto, as surpresas da lista do treinador são os ‘rebaixamentos’ à base do lateral esquerdo Emerson Palmieri e do meia Pedro Castro. Emerson, que tem 17 anos, jogou as três primeiras rodadas do Paulistão e, segundo Muricy Ramalho, havia agradado. Só que o futebol apresentado parece não ter sido o suficiente. O mesmo se aplica a Pedro Castro, destaque do Peixe na Copa São Paulo de Futebol Júnior, que treinou somente duas semanas entre os profissionais, mas foi descartado pela comissão técnica.
O lateral esquerdo Geuvânio, que participou de alguns treinamentos e jogos-treinos durante a pré-temporada, também não convenceu Muricy do seu potencial e retornará para a base.
Já o zagueiro Alemão, o volante Rafael Medeiros e o atacante Tiago Luis aguardam negociações com outros clubes para saberem onde irão atuar neste ano.
Tiago Luis, de 22 anos, é o mais rodado entre esses nomes, tendo sido emprestado à União de Leiria (Portugal) e Ponte Preta, além de nunca ter conseguido se firmar no time principal do Santos – o jogador disputou duas partidas no Estadual deste ano, porém foi pouco produtivo.
Apesar dos vários cortes dentre os atletas oriundos da base, o lateral esquerdo Paulo Henrique permanece no elenco principal. Destaque na Copinha, ao lado de Pedro Castro, o ala teve mais sorte do que o amigo e, com a contusão do veterano Léo, será uma das opções de Muricy para o setor durante a temporada.
Apontado pelo próprio Léo como seu possível ‘herdeiro’ da camisa 3 do Peixe, Paulo Henrique foi capitão nas categorias de base e, pela sua maturidade e espírito de liderança, ganhou a oportunidade de seguir entre os profissionais.