A suspensão preventiva do zagueiro Xandão, flagrado em exame antidoping por uso de corticóides, irritou o médico são-paulino José Sanchez. O Tricolor diz que o defensor utilizou um colírio com substâncias proibidas para combater uma conjuntivite, mas garante que a Comissão Antidoping estava ciente.
‘É estranho essa notícia surgir nesse momento, porque foi tudo feito dentro da regra e aconteceu isso. É lamentável, uma coisa que mancha a carreira do atleta e a própria instituição. O São Paulo sempre foi marcado por valorizar o antidoping, até ajudou a USP (Universidade de São Paulo) a comprar um aparelho de testes para jogos’, comentou Sanchez, com tom de voz irritado, à Rádio Estadão/ESPN.Xandão utilizou o medicamento um dia antes da partida contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em 16 de novembro, e foi flagrado em teste realizado depois do jogo. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou na tarde dessa segunda-feira que o atleta está afastado dos gramados por 30 dias.
O julgamento em primeira instância deve acontecer no início de fevereiro. Como a suspensão preventiva será cumprida durante as férias, Xandão provavelmente estará apto para disputar as primeiras rodadas do Campeonato Paulista.
Se for punido, o defensor ainda pode recorrer ao Pleno do STJD e, em último caso, à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça. A pena para casos de doping costuma ser severa e gira em torno de dois anos de afastamento do esporte.
Xandão tem contrato com a equipe do Morumbi até 31 de dezembro do ano que vem e, na reta final do Brasileirão-2011, admitiu que pode integrar a lista de saídas do Tricolor.