O anúncio de que a Copa do América de 2015 será realizada no Chile, e não mais no Brasil, foi justificado pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, como forma de não prejudicar os clubes nacionais. Segundo ele, seria ruim ter de paralisar o Campeonato Brasileiro no ano seguinte à disputa da Copa do Mundo no País.
‘Os clubes ficariam prejudicados, pois certamente o Brasileiro teria de ser paralisado, justamente em um ano que tem tudo para levar multidões aos jogos, pois será realizado logo após a Copa do Mundo, com toda a estrutura que a maior competição de futebol do planeta deixará, com estádios modernos e todo um ambiente positivo que poderá se instalar no país’, disse, em nota oficial.
O documento que transfere ao Chile o direito de sediar o torneio diz também que o Brasil o receberá em 2019. Os encontros entre Marin e Sergio Jadue, presidente da Federação de Futebol do Chile, se deram ao longo da semana passada, na Conmebol (em Assunção, Paraguai) e na AFA (em Buenos Aires, Argentina). ‘O assunto foi discutido e encaminhado para uma solução em que prevaleceram o bom senso e o entendimento entre as partes’, acrescenta Marin.
Além do argumento de que a Copa América de 2015 provocaria uma interferência no calendário brasileiro e principalmente afetaria os clubes, a CBF alega ter entendido que não faria sentido realizá-la em meio a tantos outros eventos grandiosos, como a Copa das Confederações de 2013 e ainda as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.