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Manifestantes celebram renúncia e já miram ‘tentáculos’ de Teixeira

Por Da Redação
12 mar 2012, 15h55

O site da Frente Nacional dos Torcedores (FNT), grupo que promoveu uma série de manifestações contra Ricardo Teixeira a partir de dezembro de 2010, já celebra a renúncia do dirigente à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014. ‘Quem será o próximo a cair?’, questionam os manifestantes em uma publicação de ‘adeus’.

Protestantes citaram Collor no RJ

Relembre a manifestação em SP

Em conversa por telefone, João Hermínio Marques, pós-graduando em Direito Esportivo e presidente da FNT, listou os possíveis novos alvos. ‘Vencemos uma primeira batalha com muito custo, mesmo com outros fatores colaborando para isso. Queremos agora que o Ricardo Teixeira seja julgado e que pague pelos crimes que eventualmente tenha cometido. Mais do que isso, estamos preocupados com as quedas dos tentáculos dele, como a de seus parentes, de José Maria Marin, Ronaldo, Rodrigo Paiva…’, avisou, empolgado.

Ao criticar José Maria Marin, sucessor de Teixeira, Marques lembrou a polêmica protagonizada pelo dirigente na festa do Corinthians pelo título da última Copa São Paulo. O novo presidente da CBF foi flagrado quando embolsava a medalha que seria destinada ao goleiro Matheus Caldeira, no Pacaembu. Justificou a sua atitude ao afirmar que o objeto era uma cortesia da Federação Paulista de Futebol (FPF).

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‘O Marin ter ficado com a medalha é, no mínimo, estranho. Ele disse que seria um presente da FPF, mas não sobrou medalha para o goleiro do Corinthians. Não é esse tipo de postura que esperamos de um dirigente. Já vencemos o Teixeira. Se for preciso, enfrentaremos o Marin também. Temos que acabar com seus tentáculos’, repetiu o protestante da FNT.Um dos ‘tentáculos’ que incomoda João Hermínio Marques é Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, alçado a diretor de seleções da CBF por Ricardo Teixeira. ‘Não me atenho ao Corinthians, que tem uma história centenária e gloriosa, mas a esse ex-presidente. Por ser uma pessoa muito esperta, digamos assim, aproveitou o momento de dissolução do Clube dos 13 e virou uma liderança ao lado do Teixeira, que se apegou nele e no Ronaldo em meio à crise. Mas o Sanchez disse que o Teixeira só sairia quando prenderam o Zorro. Já prenderam. Falta pegar os outros mafiosos’, afirmou.

As trocas de comando na CBF, no COL e até no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não são as únicas metas da FNT. O grupo pretende que o Poder Público tenha mais representatividade nos órgãos através da criação de uma agência reguladora. ‘É como a Anatel, por exemplo, para as telecomunicações. O esporte é de interesse da população. A Copa do Mundo pertence à Fifa, mas não tem nada de privada. O governo gasta bilhões, que poderiam ser destinados a áreas carentes, para a realização do evento. Por isso, deveria ter o direito de indicar o presidente do COL. As coisas devem ser mais transparentes’, cobrou Marques.

O presidente da FNT chegou a se animar quando Aldo Rebelo, ministro do Esporte, não deixou sem resposta Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa que recomendou ‘um chute no traseiro’ do Brasil em prol de uma melhor organização da Copa do Mundo de 2014. ‘Rebater foi maravilhoso, até porque essa pessoa não é a mais adequada para ser a interlocutora do Brasil na Fifa. O Valcke teve seu nome envolvido em um escândalo com empresas de cartão de crédito e desrespeitou a nossa soberania nacional. Infelizmente, parece que o Aldo Rebelo recuou depois do contra-ataque. O mesmo aconteceu com o Romário, que teve um início exemplar como deputado federal’, citou.

Por enquanto, João Hermínio Marques e seus companheiros deixam de lado as críticas para comemorar a renúncia de Ricardo Teixeira. ‘O momento é de alegria. Depois, vamos nos reunir para ver que atitudes tomaremos contra quem ficou na CBF e no COL. As pessoas achavam que era impossível tirar o Teixeira. O povo brasileiro conseguiu, assim como havia feito com o presidente Fernando Collor em 1992. Nós podemos mais’, entusiasmou-se o manifestante.

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