Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lyoto Machida: ‘A única saída era partir para cima dele’

Derrotado por Jon Jones, brasileiro relembra o combate, avalia que o corte na testa o atrapalhou demais e confessa, sobre finalização: 'Estava desnorteado'

Por Davi Correia
13 dez 2011, 09h36

“Tive a impressão de apagar por alguns segundos, como se caísse num sono profundo, e acordei sem muita noção do que estava acontecendo”

Pouco mais de 36 horas depois de sofrer uma finalização numa imagem impressionante no UFC 140, em Toronto (Canadá), para o americano Jon Jones, Lyoto Machida não parecia acusar o golpe que encerrou a luta no segundo round e valia o título da categoria meio-pesado. Com um picolé de chocolate na mão e um leve sorriso, Machida aguardava calmamente, no saguão do aeroporto internacional de Guarulhos, o vôo que o levaria para casa, em Belém (PA). Sem marca de patrocinador na roupa, mochila nas costas, e com a região sobre a sobrancelha direita bem inchada e protegida por um curativo – saldo de uma cotovelada fortíssima de Jones -, Lyoto contou à reportagem do site de VEJA, na tarde de segunda-feira, que ainda não viu a luta, mas constatou que usou a tática errada contra o campeão.

Você já assistiu à luta? Sabe onde errou? Ainda não. É difícil falar agora onde houve erro, mas claro que houve, e o Jon Jones não é o campeão à toa. Talvez eu não devesse ter ido para cima dele depois que levei a cotovelada, era um momento para ganhar tempo e voltar melhor para o terceiro round. Mas na hora não consegui pensar nisso. Pensei que o juiz fosse parar a luta para limpar o corte, parar o sangramento.

Isso atrapalhou? Sim, o sangue continuou a escorrer e minha visão ficou embaçada. Então pensei que a única saída era partir para cima e tentar encerrar o combate.

Continua após a publicidade

Você é a favor da cotovelada na luta? É um golpe muito eficiente. É muito difícil de aplicar de pé, ao contrário de quando a luta está no chão. Eu acho que a cotovelada deveria ser permitida quando aplicada de pé, mas baniria o golpe no chão. Se o esporte quer manter o lado mais de espetáculo, e isso está acontecendo com as transmissões em TV aberta, acho que seria uma boa decisão. A cotovelada tira um pouco do espetáculo.

Você se prepara para perder? A gente nunca se prepara realmente. Mentalmente penso que tudo pode acontecer, mas a crença é que a luta vai até o final. Eu acreditava até o último segundo – tanto que pensei que poderia escapar do golpe e investir no terceiro round.

Você foi bem no primeiro round… Não vi a luta, não posso falar se ganhei, mas senti que venci, pelas técnicas que coloquei em prática e por não me sentir em situação de risco.

Qual foi a sua primeira lembrança depois da luta? Sabia mais ou menos onde estava, mas estava desnorteado, me perguntando o que tinha acontecido. O que fica gravado mesmo é o momento antes de desmaiar. Tive a impressão de apagar por alguns segundos, como se caísse num sono profundo, e acordei sem muita noção do que estava acontecendo.

Continua após a publicidade

Você sofreu alguma lesão na luta? Não, apenas o corte na testa, mas nada que me impeça, por exemplo, de voltar a lutar em quinze dias. Mas agora o mais importante é recuperar a energia. Ainda não tenho luta em vista. Estou esperando a decisão do UFC.

LEIA TAMBÉM:

LEIA TAMBÉM: Os melhores momentos do ano da febre do UFC

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.