Emerson Leão se mostrou surpreso ao saber que o presidente Juvenal Juvêncio teve que responder sobre o destino do técnico em caso de eliminação diante do Coritiba nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Como tem dito sempre que questionado em relação aos riscos de desemprego, o comandante lembrou do aproveitamento do São Paulo na temporada – atualmente é de 72,5%.
‘Não sei nem por que foi feita essa pergunta para ele. Pelos números, não foi. Mas não muda nada no meu trabalho aqui’, disse o treinador que, em 34 partidas em 2012, conseguiu 23 vitórias, cinco empates e seis derrotas. Confiante, o ex-goleiro ressalta que as cobranças só aumentam por conta do sucesso de sua equipe.
‘O que muda sempre é a nossa responsabilidade cada vez que conquistamos mais vitórias, o que melhora e aumenta a nossa responsabilidade. Buscamos sempre mais responsabilidade, trabalho e alegria. É o que pensamos para o São Paulo. Nada nos afeta’, assegurou.
Para o jogo em Curitiba, no qual só será eliminado se perder por mais de um gol de diferença ou por 1 a 0 e fracassar nos pênaltis, Leão admite não estar tranquilo, ‘como nenhum treinador no futebol brasileiro antes de uma grande partida’. Mas assegura confiança e até uma solução. ‘Domo a minha ansiedade com trabalho’, ensinou.
Assim, minimiza até a cobrança por desempenho mais convincente do que ‘apenas’ vencer. ‘Jogar feio ou bonito é uma circunstância de o adversário permitir. Em jogo-treino contra um time pequeno, você joga como quiser. Em uma competição difícil, fica mais complicado’, apontou, dizendo não ver futebol envolvente nem na Eurocop
O que irrita o técnico é a análise de que sua equipe, principalmente no 1 a 0 sobre o Coxa na ida, atua de forma desorganizada. ‘Jogamos dentro da necessidade e, dentro dela, produzimos. Mas esquecem que do outro lado está um time bem treinador, bem definido e tão esperançoso quanto nós porque é um título que salva o ano. E todos correm atrás de salvar o ano’, indicou.