A final dos 1.500m dos Jogos Pan-americanos foi como a carreira de Leandro Oliveira: sofrida. O brasileiro superou o equatoriano Byron Piedra (que já comemorava após a prova, acreditando ter vencido) por apenas um centésimo de diferença. Nem com a medalha de ouro garantida, contudo, ele perdeu a humildade.
“Não tenho talento. Sou 90% de dedicação, e só 10% de talento. Por isso, eu tenho que treinar o dobro do que os outros atletas e mostrar muita garra para conquistar os meus objetivos”, discursou Leandro, ofegante, para a Record News.
O campeão pan-americano explicou que começou de forma tardia a sua carreira de atleta. “Não tenho essa base de pista que outros atletas possuem. Mas são dez anos de atletismo, de muito empenho”, reforçou o atleta de 29 anos.
Nessa década dedicada às competições, Leandro Oliveira aprendeu uma lição que foi fundamental para a vitória conquistada nesta quarta-feira. “Não olhei para trás no final da prova. Já pequei muito por isso anteriormente, e o meu técnico chamou a minha atenção para corrigir. Fiquei concentrado durante todo o tempo. Se eles tivessem que me ultrapassar, fariam isso de qualquer jeito”, comentou.
Apesar da força de vontade, Leandro Oliveira ficou distante do recorde pan-americano do também brasileiro Hudson Souza. Ele cravou 3m53s44 em Guadalajara, enquanto o compatriota cumpriu o percurso de 1.500m em 3m36s32 nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2007. A melhor marca mundial (3m26s00) pertence ao marroquino Hicham El Guerrouj.
(Com Gazetapress)