Na semana em que Christian Lindell defende a Suécia na Copa do Mundo de Dusseldorf, Jorge Lacerda, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), mantém a esperança de convencer o tenista a jogar pelo Brasil e promete ficar perto de Marcos Daniel, recém aposentado.
‘O Lindell tem o apoio da Suécia. Nós já mostramos o que podemos oferecer para ele e ele está dando uma estudada. Vamos torcer para que o Lindell fique no Brasil. A tendência é essa. Não estou querendo antecipar nada, mas acredito que ele deve acabar ficando no Brasil’, apostou Lacerda.
Filho de pai sueco e mãe brasileira, Christian Lindell, nascido no Rio de Janeiro, foi passar férias no país europeu aos 16 anos e resolveu disputar um torneio. Após se destacar, acabou convidado a mudar de nacionalidade pela federação local, que arcou com os custos de seu desenvolvimento.
Em 2010, após alcançar a semifinal da etapa de São Paulo da Copa Petrobras, ele chamou a atenção da CBT e passou a negociar com a entidade a possibilidade de defender o Brasil. Como a Copa do Mundo é organizada pela ATP e não pela ITF (Federação Internacional de Tênis), atuar pela Suécia em Dusseldorf não impede o tenista de mudar novamente.
‘A qualquer momento, ele pode ser brasileiro. Já conversei muito com pai dele’, explicou Lacerda. Atual quinto colocado no ranking mundial, Robin Soderling formou a equipe sueca para a Copa do Mundo e chamou Lindell, derrotado pelo norte-americano John Isner, pelo argentino Juan Ignacio Chela e pelo cazaque Mikhail Kukushkin.
Com 19 anos, Lindell é o 322colocado no ranking mundial, sua melhor posição. Ele estaria no 13lugar entre os brasileiros, mas é mais jovem que os 12 melhores do País. Na Suécia, além de Soderling, apenas Michael Ryderstedt, 26 anos e 306da lista da ATP, está na frente do jovem nascido no Rio de Janeiro.
Enquanto Lindell decide seu futuro, Marcos Daniel tenta se acostumar com a ideia de deixar as quadras. Ele contava com algumas desistências para entrar em Roland Garros e fazer sua despedida, mas acabou fora da chave principal. Recém aposentado, ainda não definiu o que fazer, mas pretende continuar ligado ao tênis.
‘Já conversei com o Marcos. Ele agora esta pensando o que vai fazer da vida, não sabe se fica com o Larri Passos [seu técnico], se vai para algum clube. Vamos estar próximos do Marcos, vamos ter que aproveitá-lo. Ele tem patrocínio dos Correios e já viajou conosco, já é um parceiro da CBT. Então, vamos tê-lo por perto’, disse Lacerda.