Envolvida em um esquema de manipulação de resultados no Campeonato Italiano de 2004-2005, a Juventus entrou com um processo na Justiça comum para receber uma indenização milionária por danos causados à marca do clube. O time de Turim exige que a Federação Italiana de Futebol e a Inter de Milão paguem o equivalente a 444 milhões de euros à equipe (cerca de R$ 1 bilhão).
Conhecido como Calciopoli, o esquema encabeçado pela Juventus envolvia uma série de favorecimentos ao clube, para que a equipe fosse beneficiada na disputa da competição. Após ser descoberta, a Velha Senhora perdeu dois títulos do Italiano (um deles acabou com a Inter de Milão) e acabou sendo rebaixada para a Segunda Divisão.
Irritados com um possível tratamento diferenciado no cumprimento das penas dos envolvidos, os dirigentes da Juventus buscam uma compensação por danos sofridos, como a depreciação da marca, perda de oportunidades e despesas, que acabaram custando centenas de milhões de euros ao time.
Tal processo se deve ao fato de que outras equipes envolvidas no esquema tiveram penas mais amenas do que a Juve. Lazio e Fiorentina permaneceram na Série A do campeonato, mas começaram o torneio com 11 e 19 pontos negativos, respectivamente. Além disso, o Milan, que também participou da fraude, foi punido com oito pontos e ainda disputou a Liga dos Campeões de 2006-2007, quando foi campeão em cima do Liverpool.
Segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport, o presidente da Inter de Milão, Massimo Moratti, afirmou que a intenção de seu rival é tumultuar os bastidores do futebol nacional e classificou como ‘rídicula’ a atitude dos dirigentes do clube de Turim.