Quito, 3 mai (EFE).- Um tribunal do Equador deu apoio ao Ministério do Esporte em sua polêmica com o Comitê Olímpico Equatoriano (COE) sobre a direção das federações de diversos esportes, numa disputa que ameaça impedir a participação do país nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
O Ministério informou nesta quinta-feira que a corte deu respaldo em um pedido de medidas cautelares que apresentou ‘para poder continuar com o processo que permita a regularização’ das federações.
O juiz Galecio Luna confirmou em sua sentença, realizada no dia 2 de maio, as resoluções pelas quais o Ministério designou interventores nessas entidades esportivas.
Esses interventores devem dirigir 40 federações de diversos esportes, em vez das diretorias das entidades, destituídas pelo Ministério por não terem acatado uma lei de 2010 e não terem realizado eleições internas.
O juiz concluiu em sua sentença que ‘garante aos interventores nomeados pelo Ministério do Esporte o cumprimento de seus deveres e responsabilidades’.
No entanto, Danilo Carrera, presidente do COE, pediu ao Ministério que anule ‘a decisão de convocar eleições antecipadas e de forma ilegal’.
O caso chegou ao Comitê Olímpico Internacional (COI), e o diretor de relações da entidade com os comitês nacionais, Pere Miró, acusou o Ministério equatoriano de interferir na operação interna e nas eleições das federações. Ele disse que a atitude viola o princípio do Movimento Olímpico da autonomia das organizações esportivas nacionais.
A polêmica pode fazer com que os atletas tenham de competir com a bandeira do Comitê Olímpico Equatoriano, e não com a bandeira de seu país.
O ministro do Esporte equatoriano, José Francisco Cevallos, prevê viajar neste mês para Lausanne (Suíça) para discutir a questão na sede do COI. Cevallos, ex-goleiro da LDU, irá se reunir com Miró e Carrera para buscar uma solução à disputa. EFE