O ex-jogador uruguaio Alcides Edgardo Ghiggia, autor do gol da vitória de sua seleção contra o Brasil (2-1) na final da Copa de 1950, está em uma situação “delicada” e corre “risco de vida”, depois de sofrer um acidente de trânsito na quarta-feira, informaram seus familiares nesta sexta.
O ex-jogador, de 85 anos, continua internado em uma unidade de tratamento intensivo e sua situação é “estável”, disse à AFP a instituição médica.
Os médicos “esperavam outra evolução”, disse ao jornal televisivo Subrayado, seu filho, Arcadio Ghiggia, que acrescentou que o ex-jogador “continua em uma situação (em que)é preciso esperar”.
“É um paciente delicado, com alto risco de vida”, acrescentou Arcadio.
Ghiggia está em coma induzido, segundo sua esposa, Beatriz Masuí, que explicou que o ex-jogador sofreu uma lesão na bacia, fraturas na rótula, no braço e no tornozelo e tem uma lesão no pulmão, causada pelo acidente.
Ghiggia se acidentou em Montevidéu quando o carro que conduzia se chocou contra um caminhão, provocando uma pancada na cabeça e várias fraturas. Com ele, viajavam sua esposa e uma cunhada, que saíram ilesas.
Masuí afirmou que a família não perde a esperança na recuperação de Ghiggia.
“Temos uma parcela de esperança, queremos que tenha sucesso, que haja uma virada positiva em toda esta notícia”, disse à AFP.
O acidente com o ídolo uruguaio mobilizou jogadores e fãs nas redes sociais, provocando uma avalanche de mensagens de conforto para o campeão de 1950.
No Facebook, o site “Força Ghiggia” somava 500 seguidores na tarde desta sexta-feira enquanto dezenas de pessoas, de dirigentes esportivos a torcedores, se aproximaram do hospital onde permanece internado para expressar seu apoio, disse Masuí.
Ghiggia marcou o segundo gol da Celeste na última partida da Copa de 1950, cujo resultado a favor dos uruguaios recebeu o nome de ‘Maracanazo’, lembrado como o maior feito da história do futebol mundial.